No âmbito do Dia Nacional da Sustentabilidade, que se comemora a 25 de setembro, a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) e a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) lançam a campanha #PlantHealth4Life, que visa sensibilizar a população para os impactos das pragas e das doenças das plantas na economia dos países.
De acordo com o comunicado de imprensa enviado às redações, as entidades referem que “a saúde das plantas não só é vital para o nosso ambiente e segurança alimentar, como também desempenha um papel significativo para moldarmos a nossa economia. Esta afeta diretamente vários setores e indústrias, o que pode resultar em impactos económicos positivos ou negativos”.
Neste sentido, a DGAV e a EFSA referem ainda que as pragas e as doenças das plantas representam “uma ameaça crescente” que pode levar “a perdas significativas na produção e impactos económicos severos”.
Além disso, frisam ainda que isto pode resultar num aumento dos preços dos alimentos para os consumidores e, eventualmente, em escassez de alimentos, afetando a economia global.
Para Paula Cruz Garcia, Subdiretora Geral da DGAV, “as pragas e as doenças invasoras podem ser introduzidas através de plantas e produtos vegetais pelas fronteiras. É necessário proteger a saúde das plantas através de rigorosas regras de importação e certificações que ajudem a salvaguardar a agricultura local e a impedir a disseminação de pragas nocivas”.
E continua: “são exemplos destas certificações o Certificado Fitossanitário, que tem de acompanhar as plantas e a maioria dos produtos vegetais que entram na UE ou o Passaporte Fitossanitário, que deve acompanhar todas as plantas comercializadas na União Europeia (UE)”.
Segundo a nota de imprensa, os principais impactos das pragas e doenças das plantas são:
- Redução da produção agrícola: A infestação de pragas pode reduzir drasticamente a quantidade e a qualidade de produtos agrícolas disponíveis, afetando tanto os agricultores quanto os consumidores;
- Aumento dos custos de controlo: Medidas de controlo e erradicação de pragas requerem investimentos significativos, elevando os custos de produção para os agricultores e, consequentemente, os preços dos produtos para os consumidores;
- Perda de mercados de exportação: A presença de pragas e doenças pode levar à imposição de barreiras fitossanitárias por parte de outros países, resultando na perda de mercados de exportação importantes e na redução das receitas de exportação;
- Danos ao meio ambiente: O uso indiscriminado de produtos fitofarmacêuticos para o controlo de pragas pode causar danos ao meio ambiente, afetando a biodiversidade e a saúde dos ecossistemas;
- Impacto nas comunidades rurais: A agricultura é uma fonte vital de emprego e recursos para as comunidades rurais. A perda de colheitas e a redução da produção podem ter consequências sociais graves, como desemprego e migração.
A campanha #PlantHealth4Life é plurianual e multinacional, sendo desenvolvida a pedido da Comissão Europeia (CE) e baseada numa análise aprofundada das perceções e do comportamento dos cidadãos em matéria de fitossanidade em toda a UE.
O artigo foi publicado originalmente em Vida Rural.