Confederação Nacional da Agricultura lamentou na quinta-feira a responsabilização dos proprietários e dos produtores florestais nos incêndios de 2017, que “de vítimas foram transformados em culpados”.
A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) lamentou na quinta-feira a responsabilização dos proprietários e dos produtores florestais nos incêndios de 2017, que “de vítimas foram transformados em culpados”, exigindo o apuramento de responsabilidades nas “negociatas dos meios de combate”.
As populações que estiveram lá no meio [do fogo], correndo o risco de ficarem assadas, porque foi um risco que se correu, são vítimas, não são culpadas”, afirmou João Dinis, membro da direção da CNA, no âmbito de uma audição na comissão Eventual de Inquérito Parlamentar à atuação do Estado na atribuição de apoios na sequência dos incêndios de 2017 na zona do Pinhal Interior.
Sobre o combate aos incêndios de 2017, o representante da CNA sustentou que é preciso “apurar responsabilidades políticas e criminais nas negociatas dos meios de combate aéreo e até em meios de combate terrestres”.
Questionado pelos deputados sobre alegadas irregularidades na reconstrução de casas, João Dinis disse que, “decerto, houve”, considerando que se há indícios de crimes, estes devem ser julgados nos tribunais.
O dirigente da CNA revelou que tem conhecimento de “um caso de uma primeira habitação que não o era”, adiantando que a queixa foi apresentada ao Ministério Público que considerou “improcedente”.
O artigo foi publicado originalmente em Observador.