Da Gineta à Raposa, do Guarda-rios à Águia-pesqueira. Habituado aos recantos do estuário, o fotógrafo embrenhou-se agora numa floresta “riquíssima em biodiversidade”. Missão: proteger.
Duas zonas “extraordinárias” do Parque Natural Litoral Norte Selvagem e 97 das espécies que ali vivem através de 148 fotografias. Tem duas faces — duas capas invertidas uma em relação à outra e uma página em branco entre os dois capítulos desta história — o livro Parque Natural Litoral Norte Selvagem, do estuário à floresta, que marca um momento na “nova devoção” de Carlos Rio. “Quero continuar na floresta.”
O fotógrafo de natureza e de vida selvagem fala de um “investimento quase diário nocturno” do último ano e meio de idas à mata de folhosas e de pinhal entre Fão e Apúlia que conheceu enquanto criança e que deixara de frequentar. Foi na floresta que começou “a fazer de conta que fotografava”. “Saía com a minha maquinazinha de manhã e chegava à noite a casa. Percorria os caminhos todos, embrenhava-me na floresta, que conhecia dos tempos de escuteiro. Era fascinante, parecia que estávamos numa selva das que víamos na televisão. E deixei de ir. E, para meu espanto, regressei agora e verifiquei que […]