O PRR não encara o problema de a água se tornar um fator limitativo para o desenvolvimento da agricultura na próxima década e só prevê uma barragem. A solução passaria por trazer a água do Norte para o Sul do país para aumentar a área de regadio e também pela construção de barragens
“A agricultura vive um período entusiasmante que se iniciou nos finais dos anos 1980, em que começou um grande desenvolvimento com a introdução do regadio, que foi o grande motor de desenvolvimento, nomeadamente com o Alqueva, que há 20 anos, mudou os números e deu impacto”, disse Luís Seabra, presidente da Associação dos Agricultores do Ribatejo, durante o debate “Agricultura – Setor-Chave da Economia”, o primeiro de um ciclo de talks que decorrem no âmbito do “Prémio Portugal Inspirador | Lado a Lado com as Empresas”. Este prémio é uma iniciativa do Banco Santander em parceria com o Jornal de Negócios, que vai reconhecer e distinguir as empresas e as personalidades que se destacam em vários setores de atividade.
“Se somarmos a isto a tecnologia e o seu desenvolvimento não só a nível das culturas e da genética, mas também dos sistemas de rega, drones, satélites, sensores temos uma agricultura atrativa e entusiasmante”, concluiu. Mas Luís Seabra chama a atenção para o facto de que, se no futuro nada for feito, a água torna-se um fator limitativo para o desenvolvimento da agricultura. “A transição climática é uma preocupação, mas é um facto que em Portugal estamos em 2021 e não temos nenhum obra projetada relacionada com água para os próximos dez anos. Temos um PRR, falamos de uma barragem de Pisão que tem impacto regional, é importante e justificada, mas não temos mais nada”, considerou Luís Seabra.
O problema da água
Portugal […]