Em 10 anos, o setor dos frutos, legumes e flores duplicou o volume de exportações, passando de 700 milhões de euros para 1,7 mil milhões de euros. A média da produção nos últimos três anos foi de 3 mil milhões de euros.
“Temos de ser pragmáticos e o valor dos produtos vai ter de crescer, o preço aos consumidores tem de aumentar, não há outra hipótese devido ao disparar dos custos de energia, dos combustíveis, dos custos de produção e dos transportes. Neste caso, não se trata dos preços, mas da escassez”, afirmou Gonçalo Andrade, presidente da Portugal Fresh. Por sua vez, o presidente da Associação dos Agricultores do Ribatejo, Luís Seabra, salientou que “houve um ciclo ao contrário, em que os fatores de produção não estavam tão altos no início do ano e a colheita acabou com preços em alta, como o tomate, o milho, o arroz, o azeite, que são anuais. Mas há outros setores que estão a ser afetados pelos aumentos de preços dos fatores de produção já no presente.”
Se o contexto é marcado pela inflação, desregulação das cadeias de abastecimento, aumentos de preços da energia e de fatores, Gonçalo Andrade sublinha que, neste ciclo longo de 22 meses de pandemia, “o setor agroalimentar sem dúvida de que foi e é o motor económico do país e da União Europeia. Os consumidores europeus tiveram acesso a produtos de elevada qualidade, com enorme segurança alimentar, tanto frescos como secos ou transformados ou congelados, a preços acessíveis.”
Década impressionante
“Temos de ser pragmáticos e o valor dos produtos vai ter de crescer, o preço aos consumidores tem de aumentar, não há outra hipótese devido ao disparar dos custos […]