A preparar o próximo ano escolar, a Ancor de Vila do Conde, especializada em artigos de papelaria, está muito preocupada com escassez de papel.
Sendo uma das maiores fabricantes ibéricas de produtos de papelaria e embalagem, a Ancor está preocupada: falta papel no mercado. Neste momento, “a nossa maior preocupação é conseguir assegurar a produção necessária para a próxima campanha” de regresso às aulas, “num cenário de enorme escassez de matérias-primas”, revela Francisco Correia, gerente da empresa de Vila do Conde. O problema atingiu tal gravidade que “já não se discutem os preços, mas sim, a existência e a disponibilidade de produto para a manutenção da atividade em ritmos normais”, frisa. A instabilidade tem também pesado nos custos dos fornecimentos. Uma situação que já está a chegar aos bolsos das famílias e empresas.
Segundo avança o gestor, os preços do papel atingiram “máximos históricos”, que “chegam a duplicar o custo em relação há um ano”. A Ancor já enfrentou nestes últimos tempos “três aumentos de preços, num total de 20% a 35%”, e perspetiva uma nova subida a 15 de abril. Com este contexto, não deixa de alertar: “Quando começamos a falar de aumentos com esta dimensão, torna-se impossível à indústria absorver estas […]