O governo britânico afirma que as tecnologias de edição de genes podem desenvolver novas variedades resistentes aos efeitos das alterações climáticas e prepara-se para facilitar os testes de campo.
Com as novas regras apresentadas pelo governo britânico, vai ser muito mais fácil fazer investigação em edição genética de plantas. As medidas travam a burocracia até aqui existente e incentivam os testes de campo.
As novas regras aplicam-se apenas à investigação, ou seja, não permitem o cultivo e o consumo de variedades geneticamente editadas. Depois da consulta pública no ano passado, o governo optou por uma abordagem gradual, mas a direção é clara – apoiar a edição genética para modernizar a agricultura no Reino Unido.
Como afirmou na semana passada Jo Churchill, ministro da Agricultura, Inovação e Adaptação Climática, “as novas tecnologias que permitem editar o genoma podem ajudar-nos a enfrentar alguns dos maiores desafios da nossa era relacionados com a segurança alimentar, o aumento da temperatura média global e a perda de biodiversidade. Agora temos a liberdade e a oportunidade de promover a inovação e de melhorar o meio ambiente, desenvolvendo plantas mais fortes e resilientes aos efeitos das alterações climáticas”.
Beterraba resistente a vírus comuns, trigo com menos agentes possivelmente cancerígenos e tomate resistente ao míldio são as variedades que os cientistas do Reino Unido poderão começar a desenvolver.
Os testes de campo ainda exigirão notificação ao Departamento de Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais, e quaisquer culturas ou alimentos futuros estariam sujeitos a requisitos de autorização separados.
Saiba mais num artigo publicado no The Guardian.
O artigo foi publicado originalmente em CiB - Centro de Informação de Biotecnologia.