Conselho de Ministros aprovou 73 medidas de 933 milhões de euros para reduzir risco hídrico. Por enquanto, será necessário “adoptar políticas de condicionamento” ao uso de água, diz Duarte Cordeiro.
O sector agrícola será alvo da maior parte do investimento do Plano Regional de Eficiência Hídrica do Alentejo, no valor total de 933 milhões de euros, aprovado nesta quinta-feira na reunião de Conselho de Ministros, que decorreu em Évora, no âmbito do programa Governo Mais Próximo.
Prevê-se uma diminuição futura de “menos 25% de precipitação para a área do Alentejo”, disse Duarte Cordeiro, ministro do Ambiente e da Acção Climática, durante a conferência de imprensa que ocorreu ao início da tarde, após o encontro de ministros. O objectivo do plano é “consagrar um conjunto de medidas que permitam num período de médio e longo prazo reforçar a resiliência do território e identificar formas de podermos responder ao desafio das alterações climáticas e de adaptação”, explicou.
Das 73 medidas de curto e médio prazo que o plano tem, segundo a versão preliminar que o PÚBLICO teve acesso, Duarte Cordeiro apontou como as “mais emblemáticas” a ligação da albufeira do Alqueva à barragem de Monte da Rocha (cuja água neste momento está dedicada em exclusivo ao consumo humano), no rio Sado; duas medidas que visam recuperar a cota de água da albufeira de Santa Clara, no rio Mira, com um investimento de cerca de 66 milhões de euros; e a proposta de duas centrais de dessalinização, uma em Sines associada à emergente indústria do hidrogénio verde, e outra em Mira, para abastecimento de água do sector agrícola, e que será financiada por privados.
Ao todo, há 41 medidas para o sector agrícola (que equivalem a 782 milhões de euros, 79% do bolo total), 12 que são consideradas administrativas, 12 para o […]