Em 2024, o sistema VitiGEOSS estará disponível em Portugal com 80 por cento de precisão e 20 por cento de poupança na água e químicos.
A partir do Copernicus, programa europeu de observação e monitorização da Terra através de satélite, o sistema VitiGEOSS usará dados recolhidos pelos satélites Sentinel em órbita combinados com sensores no terreno. Prever as alterações climáticas com a recolha de referências geográficas, da água à evolução do terreno, vai potenciar a tomada de decisão mais informada pelos produtores agrícolas, assim como ganhos na indústria alimentar que, na gestão da cada vez mais preciosa água ou na aplicação de químicos, podem ascender aos 20 por cento. Em 2024, deverá estar disponível para os agricultores portugueses.
O VitiGEOSS, que se encontra em fase de testes no terreno há dois anos, é um sofisticado sistema de observação e registo de referências geográficas, como o clima a curto, médio e longo prazo, as reservas de água ou a evolução da vegetação. É financiado por fundos europeus e em Portugal tem sido avaliado por um consórcio liderado pela Eurecat – Centro Tecnológico da Catalunha. A Symington, um dos onze parceiros, realizou uma acção de informação no Pinhão, na passada sexta-feira, 12 de Maio.
Marta Otero, coordenadora técnica do VitiGEOSS, esteve presente na acção e destacou os “três objectivos” do projecto: “A sustentabilidade do negócio, a gestão do tempo e dos recursos dos agricultores, e gerar um produto sustentável e saudável em que se promova cada vez mais a sustentabilidade.”
A investigadora da Unidade de Inteligência Artificial Aplicada da Eurecat, sediada em Barcelona, sublinhou ainda que, para a viticultura, é fundamental a precisão do registo histórico do clima conseguida através do VitiGEOSS, através de modelos deterministas que usam satélites, drones e inteligência artificial, e potenciam uma resposta mais rápida no planeamento, gestão e produção agrícolas.
“Estes modelos permitem até 80 por cento de precisão e uma poupança de 20 por cento de água e de químicos”, revela Marta Otero, referindo-se a estes ganhos como exemplos da capacidade […]