O ministro da Administração Interna disse hoje que, “em circunstâncias excecionais” e “perante o estado de alerta”, poderão ser mobilizadas mais equipas de emergência além das definidas no Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR).
“O dispositivo está preparado. Temos o maior dispositivo de sempre. Mais meios humanos, mais meios técnicos, mais veículos e o dispositivo adapta-se em função das necessidades (…). Mas em circunstâncias excecionais, como já aconteceu no ano que passou, perante o estado de alerta ou de emergência podemos mobilizar mais equipas”, disse José Luís Carneiro.
O ministro falava aos jornalistas à margem da conferência “O Inverno Demográfico – O Papel da Imigração”, uma iniciativa da Rádio Renascença em parceria com a Câmara Municipal de Gaia, após ser confrontado com o pedido da Liga Portuguesa dos Bombeiros sobre reforço de meios terrestres.
“O dispositivo tem flexibilidade para poder ser mobilizado”, sintetizou o governante.
José Luís Carneiro referiu que em causa estão quase 14.000 elementos, integrando a GNR, a Força Especial de Proteção Civil, os bombeiros voluntários, os bombeiros integrados nas equipas de intervenção permanente e que existem 55 milhões de euros disponíveis para mobilizar as equipas de bombeiros voluntários.
O governante revelou, ainda, que dentro de dias irá visitar os cinco comandos regionais de Proteção Civil do país.
José Luís Carneiro aproveitou para fazer apelos e sensibilização, lembrando que “sempre que as ignições ultrapassam as 150 por dia os meios começam a estar em pressão”.
“Se houver muito fumo, os meios aéreos não podem operar. A questão não está só nos meios. Está em nós conseguirmos, como comunidade nacional, limitar o número de incêndios. No ano passado em 90% dos casos conseguimos vencer os incêndios nos primeiros 90 minutos. Quer dizer que o dispositivo funcionou”, concluiu.
Em declarações à Renascença, esta manhã, o presidente da Liga Portuguesa dos Bombeiros, António Nunes, disse que “seria bom que houvesse uma revisão do plano de combate aos incêndios florestais e que os bombeiros fossem revisitados quer na sua capacidade, mobilização e pré-posicionamento”.