No próximo fim de semana, São Pedro Velho, uma pequena aldeia do concelho de Mirandela, com menos de 200 habitantes, rotulada como a capital do morango do nordeste transmontano por produzir, provavelmente, os morangos mais doces do país, prepara-se para receber milhares de pessoas na 13.ª edição da feira dedicada àquele fruto. Apenas quatro agricultores produzem anualmente cerca de 100 toneladas. Estima-se que dez por cento da produção seja vendida nos próximos dois dias.
“É só apanhá-los com muito cuidado, porque o morango é muito sensível e também é preciso colocar na caixa com muito cuidado porque se assim não acontecer no dia seguinte já está podre.” Aos primeiros raios de sol, Sónia, Judite e mais sete pessoas davam início ao delicado processo de apanha do morango às portas da aldeia de São Pedro Velho. Um morangal com cerca de 1,2 hectares coberto por centenas de metros de plástico e este ano com muita produção. “Eles não despegam uns dos outros, são aos montões, nunca vi tanto morango”, conta Judite.
Entre os trabalhadores, nota-se pouca juventude. Sónia tem uma explicação. “Se calhar não querem andar aqui amarrados”. Mas Judite nega que seja um trabalho duro. “Nem por isso, é uma fisioterapia que andamos a fazer, é fácil, não custa nada é só colher e andar”, diz.
O morangal […]