As propostas do vice-presidente da Comissão Franz Timmermans (Estratégias do Prado ao Prato e da Biodiversidade) resultariam numa inevitável diminuição da produção, no aumento dos preços dos produtos agrícolas e na transferência da nossa (UE) pegada de carbono para países terceiros
O lema “Unidos na diversidade” traduz bem o desafio da União. Na agricultura europeia, o desafio está em tornar possível esta “unidade na diversidade” sem recorrer ao simplismo de uma solução única.
O facto é que a extensão do território europeu dá ensejo à diversidade de explorações agrícolas nele contidas. Refletir esta diversidade tem sido, pois, o objetivo do Parlamento Europeu, ao debater a reforma da Política Agrícola Comum (PAC) durante os últimos meses. Concomitantemente, o Parlamento foi confrontado com a tarefa de aumentar a contribuição da Política Agrícola para o combate contra as alterações climáticas.
O retrato do setor agrícola europeu como enorme fábrica industrial é falso e propagandístico. Produto de um ativismo mais ideológico do que lógico. A verdadeira imagem do setor é a pequena exploração familiar.
Senão, vejamos: a dimensão média dos 10 milhões de explorações agrícolas europeias é inferior a 17 hectares; apenas 3% das explorações possuem mais de 100 hectares de terras cultivadas e a maioria de entre estas é explorada por uma só família. Cabe a ressalva de que as referidas explorações, apesar de familiares e convencionais, não são por isso menos modernas e inovadoras. Pelo contrário, estão na vanguarda do crescimento sustentável.
A agricultura só pode ser sustentável se o seu futuro for também sustentável.
Nesta reforma da PAC, quisemos apoiar a transição para um regime de […]