Cadeia de Leiria inaugura uma loja para vender os produtos que são cultivados nos terrenos da prisão e também de outros estabelecimentos.
Ao volante do trator, António saboreia o contacto com o ar livre. Fora da cela, a tratar da vinha ou da horta, sente-se um pouco mais próximo da liberdade. É também a oportunidade de reviver outros tempos. Os tempos em que, ainda livre, trabalhou na agricultura no seu Alentejo natal, de onde trouxe alguns conhecimentos que lhe têm sido úteis no Estabelecimento Prisional de Leiria Jovens (EPLJ) e que, sob coordenação do guarda Camás, vai transmitindo aos elementos da brigada agrícola da prisão.
São reclusos que estão já em regime aberto e que têm na atividade da horta um “contributo” para preparar o regresso à liberdade. “Dá-lhes ocupação laboral, formação profissional e ajuda a criar hábitos de trabalho”, salienta Joana Patuleia, diretora da cadeia, que nos guia pela futura loja da prisão. Construído no exterior da cadeia, ao lado da portaria, o espaço irá vender produtos hortícolas cultivados pelos presos em mais de 1400 metros de estufas.