Deve proteger-se o habitat e evitar a sua destruição, mas nem sempre é suficiente para proteger as espécies que aí vivem; pode ser preciso uma gestão ativa destes refúgios para beneficiar certas espécies.
A 15ª reunião da Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP15), realiza-se em Kunming, na China, em dois momentos complementares – a primeira sessão em outubro de 2021 e a conclusão prevista em 2022 – com a missão de convocar os esforços globais para restaurar e proteger a biodiversidade, adotando o quadro global da biodiversidade pós-2020 e definindo as novas metas de conservação até 2030.
O primeiro produto da COP15, a Declaração de Kunming, subscrita por mais de uma centena de países, surge no contexto da Década de Ação das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, da Década das Nações Unidas para o Restauro dos Ecossistemas e da Década das Nações Unidas para os Oceanos, entre outras iniciativas internacionais estratégicas. No seu preâmbulo, o documento reconhece a estreita relação entre as diversas crises planetárias: a perda de biodiversidade, as alterações climáticas, a degradação do solo e a desertificação, a poluição dos oceanos, os riscos para a saúde humana e a segurança alimentar, que, no conjunto, constituem ameaças à sobrevivência da sociedade, da cultura, da prosperidade e do planeta.
O texto da declaração invoca a necessidade de todos os setores da economia e de todos os segmentos da sociedade atuarem de forma convergente na construção de políticas coerentes em todos os níveis de governação. Impõe-se “a combinação de medidas que visem prevenir […]