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– 13-02-2004 |
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Parmalat :Tribunal de são Paulo destitui administração da subsidi�ria brasileirasão Paulo, 12 Fev A decisão judicial foi comunicada quarta-feira pelo juiz Carlos Henrique Abr�o, da 42� Vara C�vel do Tribunal de Justi�a de são Paulo. além do afastamento do presidente, Ricardo Gon�alves, e da restante direc��o da Parmalat Brasil, o juiz proibiu os respons�veis de se ausentarem do país e ordenou a quebra do sigilo banc�rio e a indisponibilidade dos seus bens. Segundo o jornal O Globo, o antigo director do Banco Central do Brasil, Keyler Carvalho Rocha, foi nomeado administrador judicial da Parmalat Brasil, com funções de presidente para gerir a empresa. Keyler Rocha, que assumirá a presid�ncia da empresa esta semana, disse que vai trabalhar para tentar salv�-la e manter os empregos dos funcion�rios. Ricardo Gon�alves, que estava desde Novembro de 2001 na presid�ncia da Parmalat Brasil, afirmou ter ficado surpreendido com a decisão judicial. "Sinto-me bastante constrangido. Em primeiro lugar, sou um administrador profissional. Fui contratado para poder resgatar uma empresa. não h� nenhuma raz�o para a destitui��o, uma vez que não cometi nenhuma fraude ou delito", declarou o empres�rio ao Jornal da Globo, da TV Globo. Entretanto, o ministro brasileiro da Agricultura, Roberto Rodrigues, rejeitou quarta-feira qualquer interven��o do Governo Lula na subsidi�ria brasileira da Parmalat. Em declarações na comissão especial da C�mara de Deputados que acompanha o caso da crise na empresa, Roberto Rodrigues disse que o governo brasileiro "não considera adequado intervir" na Parmalat Brasil. No entanto, em declarações aos jornalistas � sa�da da audi�ncia no Congresso, o ministro adiantou que vai propor ao governo que as f�bricas da Parmalat no Brasil sejam arrendadas temporariamente a outras empresas, produtores de leite ou cooperativas, para garantir a continuidade da produ��o. "Arrendamento com op��o de compra parece-me uma boa sa�da", disse o governante. Na audi�ncia no Congresso, Roberto Rodrigues apoiou a intenção dos deputados de ser criada uma Comissão Parlamentar de Inqu�rito (CPI) para investigar a crise na Parmalat, considerando- a "interessante para aprofundar os conhecimentos" sobre o caso. Sem dinheiro para pagar a fornecedores, a Parmalat Brasil debate-se com falta de leite, devido � falta de fornecedores, e está com a produ��o em ritmo lento. Nos �ltimos dias, a empresa operou com menos de 40 por cento do nível. de produ��o que tinha antes da crise e advertiu que necessitava de 75 milhões de reais (20,1 milhões de euros) para continuar a laborar. Em 28 de Janeiro, o grupo apresentou � Justi�a de são Paulo um pedido de recupera��o de processo de fal�ncia (denominada de concordata preventiva na lei brasileira) para as empresas Parmalat Participa��es do Brasil e Parmalat Brasil Ind�stria de Alimentos (o seu bra�o operacional no país). A concordata, que está prevista na Lei de fal�ncias do c�digo civil brasileiro, pode dar � empresa devedora um prazo de até dois anos para pagar todos os seus credores. Pelo menos cinco credores (Orl�ndia, Italplast, Moinho Pac�fico, Tesla e Banco Fibra) j� pediram � Justi�a a fal�ncia da Parmalat no Brasil. No Brasil, onde come�ou a operar em 1977, a Parmalat registou receitas de 1,6 mil milhões de reais (438,5 milhões de euros) no ano passado. A empresa comprava anualmente 1,2 mil milhões de litros de leite de 12 mil produtores em todo o país. Os problemas da empresa, segunda maior compradora de leite no Brasil, ocorrem na sequ�ncia da grave crise que abala a multinacional italiana do sector alimentar.
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