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– 13-02-2004 |
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Inc�ndios : Fran�a responsabilizou propriet�rios florestais pela preven��oLisboa, 12 Fev Falando num encontro internacional sobre experi�ncias bem sucedidas na preven��o, detecção e combate aos fogos florestais, promovido pela Funda��o Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), Christian Pinaudeau citou a zona do sudoeste franc�s, tradicionalmente palco de grandes fogos, e na qual se iniciou uma nova pol�tica de preven��o a partir de 1949. A nova pol�tica, disse, passou por multiplicar pontos de �gua e praticar uma gestáo regular da floresta, criando Também acessos e zonas de "corta fogo". Este trabalho de preven��o, que implicou igualmente a identifica��o das zonas mais perigosas e dos equipamentos instalados num raio superior a um milh�o de hectares, criando cartas permanentemente actualizadas, deu os seus frutos e o balanão que se faz "� excepcional". Tratou-se, acrescentou, "de um investimento financeiro permanente ao longo de 50 anos" mas que funciona e cujo modelo pode "ser transportado para as zonas florestais de Portugal", uma decisão "que caber� �s autoridades pol�ticas". Depois de falarem de casos de sucesso no combate aos fogos em Espanha, os participantes no encontro discutiram durante a tarde a silvicultura de preven��o como forma de minorar o problema dos inc�ndios florestais, exemplificada com tr�s casos nacionais: uma herdade na regi�o de Castelo Branco, uma associa��o de produtores florestais de Coruche, e o concelho de Mort�gua. Na herdade de Malfeitosa, com 4.600 hectares, raramente h� inc�ndios e quando os h� são controlados em 10 minutos, exemplificou Jo�o Caldeira, secret�rio geral da Associa��o dos Produtores Florestais da Beira Interior. O "milagre", disse, passa pela limpeza de matas, ordenamento da floresta, acesso restrito �s matas e um sistema de vigil�ncia privada, postos de vigia, equipas de sapadores florestais e guardas florestais. "Mais importante do que grandes meios de combate � uma silvicultura preventiva. E não se pode demorar 30 minutos a chegar a um fogo, como tem acontecido em Portugal", frisou o respons�vel. Gon�alves Pereira, director da Associa��o dos Produtores Florestais do Concelho de Coruche e Lim�tofes, explicou Também o que tem feito a estrutura para combater os inc�ndios, que implicou a criação de equipas de detecção e interven��o r�pida, um sistema de comunica��es ligando 65 explora��es, uma rede de postos de vigia e equipas com tractores em zonas estratégicas. Gon�alves Pereira defendeu que os fogos se podem combater encontrando "solu��es regionalizadas", envolvendo as C�maras e as associa��es de produtores florestais. E finalmente o exemplo de Mort�gua, um concelho de 250 quil�metros quadrados entre as serras do Bussaco e do Caramulo, florestal em 85 por cento do territ�rio e onde praticamente não h� inc�ndios desde 1995. Segundo Albano Duarte, chefe de divisão do Ambiente e Qualidade de Vida da C�mara, abriram-se 800 quil�metros de caminhos florestais, muitos deles a funcionar como corta- fogos, construiram-se pontos de �gua, e envolveram-se as popula��es na preven��o e nas ac��es de vigil�ncia. E o resultado � oito anos sem inc�ndios. O secret�rio de Estado das Florestas, Jo�o Soares, congratulou-se com aquelas iniciativas, porque, avisou, a tend�ncia � para que todos os anos o n�mero de fogos florestais aumentem. "Por vezes h� 500 fogos por dia, � uma cifra inaceit�vel", referiu o respons�vel, que lembrou terem sido detidas, no Ver�o passado, quase 100 pessoas, "o que quase assume a caracterástica de uma piromania nacional". Jo�o Soares lembrou Também que a partir da pr�xima semana estar� em discussão pública legisla��o sobre fogos florestais, salientando a questáo da preven��o compulsiva, ou seja a possibilidade de haver zonas restritas em determinadas �pocas do ano.
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