A Syngenta acaba de lançar no mercado nacional o Amistar Top, uma nova solução que protege o olival contra o Olho-de-Pavão.
Se à escala global Portugal é um modesto produtor de azeite, com 3,4% da quota mundial em volume, no que toca à eficiência produtiva dos novos olivais e à tecnologia aplicada no campo e nos lagares é um player de topo. Este e outros dados foram revelados por Juan Vilar, investigador e consultor de renome internacional, durante a apresentação do Amistar Top, o novo fungicida da Syngenta homologado para controlo do Olho-de-Pavão, e com efeitos comprovados também no controlo da Gafa, da Cercosporiose e da Verticilose, quatro das principais doenças do olival, explica a empresa.
O produto foi apresentado no auditório da EDIA (Beja) perante várias dezenas de empresários e técnicos agrícolas.
Amistar Top
O Amistar Top é um fungicida sistémico formulado em mistura pronta à base de azoxistrobina (200g/L) e difenoconazol (125 g/L), com dois modos de ação distintos, que atuam de forma sinérgica no controlo de um amplo espectro de fungos. A azoxistrobina inibe a respiração dos fungos, com uma atividade preventiva, curativa e anti-esporulante, distribuindo-se por movimento translaminar nos tecidos das plantas. O difenoconazol inibe o crescimento dos fungos, com excelente eficácia curativa inicial e atividade antiesporulante, apresentando movimento sistémico no xilema das plantas, protegendo as folhas desde o interior e em ambas as páginas.
O Amistar Top está autorizado para 1 aplicação por campanha, até à floração do olival, e deve ser integrado numa estratégia de tratamentos com outros fungicidas da Syngenta, nomeadamente o Score e o Cuprocol, aconselhou Gilberto Lopes, field expert da Syngenta.
O Amistar Top tem o selo “Tecnologia AMISTAR Comprovada” que garante ao agricultor a qualidade da formulação do produto, com uma combinação única de componentes, otimizada pela reduzida dimensão das partículas das substâncias ativas, que permitem uma distribuição homogénea do produto nos tecidos das plantas, conferindo maior cobertura das folhas e melhor proteção dos tecidos vegetais contra fungos.
Olho-de-Pavão
O Olho-de-Pavão é a doença mais comum nos olivais, manifesta-se em geral por manchas circulares de tamanho variável e cor castanho-escuro a negro nas folhas. No entanto, podem aparecer sintomas noutros tecidos verdes da planta como o pedúnculo do fruto. O início da primavera e início do outono são os períodos mais favoráveis para a ocorrência de infeções e desenvolvimento da doença, mas esta também pode manifestar-se no inverno, caso ocorram condições favoráveis ao desenvolvimento do fungo que a origina: Spilocaea oleagina (Castagne). Neste sentido, o especialista em fitossanidade de olival José Andrés Aparicio aconselhou os técnicos presentes a definirem a estratégia fitossanitária “em função das condições climáticas propícias ao desenvolvimento das doenças e não em função da época do ano, começando os tratamentos no início do período de risco de infeção”, acrescentando que “o êxito do tratamento depende do conhecimento da doença, da escolha do produto certo e da sua aplicação no momento adequado e da forma correta”.