Nuno Banza mostrou-se crítico “de uma certa radicalização do discurso de proteção, que não é só irracional como é perfeitamente injustificada”.
“O país deve muito da sua história à floresta portuguesa”, referiu Nuno Banza, presidente do conselho diretivo do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas. Em seguida, fez uma digressão sobre as “seculares plantações de povoamentos florestais de pinheiro-bravo” como fonte de matéria-prima para a construção naval, a construção civil, os retábulos dos altares das igrejas “até à singela utilização como fonte de calor”.
Mas a floresta é diversidade, porque, além de ser “fonte de uma matéria-prima nobre e sustentável, de baixo consumo energético, combate as alterações climáticas, não só para representar a fixação efetiva e permanente de carbono na sua esmagadora maioria dos usos”, mas também para proteger o solo, estimular a biodiversidade, e garantir a retenção e a depuração das águas das chuvas, permitindo a recarga dos aquíferos subterrâneos e o equilíbrio da rede de cursos de água superficiais.
Nuno Banza salientou as transformações profundas nas últimas décadas que afetaram a […]