O Município da Lousã é um dos casos de sucesso de desenvolvimento sustentável e empreendedorismo rural, que vem mencionado no relatório de 2024 sobre o estado das regiões e dos municípios europeus, hoje apresentado em Bruxelas.
“O Município da Lousã é um revitalizador de aldeias e territórios anteriormente abandonados, combinando desenvolvimento rural, atividade económica turística e proteção e valorização florestal”, lê-se no relatório a que a agência Lusa teve acesso.
O presidente do Comité das Regiões Europeu, Vasco Cordeiro, apresenta hoje o relatório de 2024 sobre o estado das regiões e dos municípios europeus, que marca a abertura da 22.ª Semana Europeia das Regiões e dos Municípios, que decorre em Bruxelas, na Bélgica, de hoje até quinta-feira.
O documento distingue também a Galiza, em Espanha, como caso de sucesso em termos de desenvolvimento sustentável e empreendedorismo rural.
“A Galiza recebeu o Prémio Empreendedora Europeia pelo seu compromisso exemplar para o empreendedorismo inovador nas zonas rurais. A região capacita empreendedores locais e empresas determinadas para atuarem como resultados de desenvolvimento económico e de criação de emprego”.
De acordo com o relatório, um em cada quatro cidadãos da União Europeia – mais de 110 milhões de pessoas – vivem no campo, o que cobre cerca de 75% do território da União Europeia.
“Entre 2010 e 2020, uma em cada quatro explorações agrícolas (cerca de três milhões) desapareceram – uma média de 800 explorações agrícolas por dia”.
Prevê-se que “30 milhões de pessoas tenham desaparecido da Europa rural até 2033, em comparação com 1993”, lê-se ainda no documento.
Na nota introdutória do relatório, o presidente do Comité das Regiões Europeu aludiu à importância de os líderes europeus perceberem como é que as cidades e as regiões estão a lidar com os desafios da economia verde, transição digital, aumento das desigualdades e preparação para o futuro alargamento.
Vasco Cordeiro defende também a necessidade de a União europeia ser mais próxima dos cidadãos, mais forte, mais coesa e mais ambiciosa.
“Dos centros urbanos às zonas rurais, nenhum canto da Europa deve ser esquecido”, concluiu.