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– 11-02-2009 |
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Mortalidade anormal em gado bovinoTendo surgido diversas notícias referindo uma taxa de mortalidade anormal em bovinos na regi�o do Norte do Alentejo, � urgente proceder aos seguintes esclarecimentos: 1. De facto, nos �ltimos 2 meses, em particular durante o m�s de Dezembro, o n�mero de cad�veres de bovinos recolhidos pelo sistema SIRCA, atingiu n�meros acima da média; de 10 de Janeiro a 10 de Fevereiro, foram declarados no Distrito de Portalegre 787 casos de morte em bovinos sendo que alguns deles podem ser considerados anormais, particularmente os que são oriundos de explora��es nas quais a taxa de mortalidade ultrapassa 1%. Nalgumas explora��es as taxas de mortalidade rondam os 15%. 2. As causas desta situa��o resultam da conjuga��o de dois factores: a) O facto de nos �ltimos dois meses se ter registado uma pluviosidade intensa levou a que em determinadas zonas de pastagem mais planas, se tenham acumulado colec��es de �gua � superf�cie promovendo a sa�da de ratos existentes na terra, respectivas fezes e urinas, que favorecem a multiplica��o de uma bact�ria t�pica deste ecossistema designada Leptospira. Esta bact�ria � end�mica em Portugal e provoca doen�a em mam�feros, incluindo o Homem. A doen�a pode evoluir de forma aguda e cr�nica. A forma aguda caracteriza-se por uma quadro de septicemia em que os animais se apresentam prostrados, ca�dos, com urinas muito escuras e febre; a morte sobrev�m em alguns dias. A forma cr�nica traduz-se no aparecimento de abortos, infec��es renais e artrite. b) No caso em apre�o, os sinais clúnicos registados nos animais correspondem � forma aguda, que neste caso particular � coadjuvada pelo facto de os animais terem passado por um período de alguma escassez alimentar durante os meses de final de Outono (magreza), conjugado com o facto de o excesso de humidade nos solos fazer eclodir larvas de carra�as em grande quantidade, e que, fixando-se nos animais e espoliando-os, contribuem decisivamente para reduzir as resist�ncias naturais dos animais � doen�a. são estes factores todos conjugados que conduzem ao aparecimento desta infecção aguda. 3. A situa��o que agora se descreve no Norte do Alentejo, pode ocorrer em todas as regi�es do país onde existam pastagens planas e um inadequado controlo de pragas do solo, especialmente ratos. 4. A leptospirose pode ser combatida com tratamentos antibi�ticos e prevenida através da utiliza��o de vacinas espec�ficas, em especial no caso dos bovinos que habitam zonas de terrenos e pastagens alagadi�os, como por exemplo nos animais que pastam em zonas de arrozais e nas margens de rios ou barragens. Nas zonas de pastagem de sequeiro, como � o caso do Alentejo e da Beira Interior, a utiliza��o destas vacinas não � habitualmente sistem�tica, uma vez que os animais não estáo em risco. As chuvas intensas deste princ�pio de Inverno provocaram contudo uma altera��o inesperada nas caracterásticas destas pastagens. 5. Adicionalmente informa-se que as taxas de mortalidade anormais s� se verificam nalgumas explora��es, não sendo um fen�meno generalizado. 6. Os serviços Veterin�rios oficiais acompanham de perto o evoluir da situa��o, mantendo contactos frequentes com os M�dicos Veterin�rios das OPPs, que assistem �s explora��es com este problema, e Também com os laboratérios que d�o apoio ao diagn�stico da situa��o.
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