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– 18-12-2008 |
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INE: Rendimento da Actividade Agr�cola dever� aumentar 4,8% em 2008De acordo com a primeira estimativa das Contas Económicas da Agricultura (CEA) para o ano de 2008, o INE estima que o Rendimento da Actividade Agr�cola em Portugal apresente um acr�scimo de 4,8% relativamente a 2007. O ano agr�cola de 2007/2008 caracterizou-se por um Outono/Inverno com precipita��o escassa e aus�ncia de humidade no solo, Primavera com precipita��o intensa e Ver�o ameno. Este quadro meteorol�gico favoreceu alguns cereais, pastagens e forragens, prejudicando, no entanto, pomares, azeitona e vinho. Estima-se que a Produção do ramo agr�cola tenha crescido 1,1% em volume e 5,6% em valor, em 2008. A evolu��o em volume reflecte comportamentos diferentes das duas principais componentes, com a produ��o vegetal a diminuir 2,3% e a produ��o animal a aumentar 6,6%. O Consumo Interm�dio dever� aumentar em termos nominais 9%, em consequ�ncia do crescimento elevado dos pre�os, que estar�o ainda a reflectir os impactos indirectos do elevado crescimento do pre�o do petr�leo e de outras matérias primas até meados do corrente ano nos mercados internacionais. Efectivamente, descontado este efeito de crescimento dos pre�os, estima-se que em 2008 tenha ocorrido uma pequena diminui��o em volume do Consumo interm�dio, na ordem de -1%. Em resultado do diferencial entre o crescimento nominal da Produção e do Consumo Interm�dio, espera-se que o do Valor Acrescentado Bruto (VAB), a pre�os de base, registe um decréscimo nominal de 1,6%, em 2008. No entanto, como este diferencial reflecte a desigual din�mica de pre�os, em volume, o VAB dever� registar um crescimento na ordem de 6,4%. A evolu��o nominal negativa do VAB dever� ser mais que compensada pelo aumento de Outros subsídios � produ��o, que dever� atingir 14,5%, permitindo que o Rendimento dos Factores aumente 2,4% em 2008. Em termos reais, o aumento dever� ser marginalmente positivo (0,3%) o que, conjugado com uma redu��o no Volume de M�o-de-obra Agr�cola (VMOA), que se estima em -4,3%, dever� conduzir a um aumento do rendimento da actividade agr�cola em cerca de 4,8%, em termos reais, face ao ano anterior. Refira-se que em 2007 este indicador registou uma varia��o de -4,1%. PRODU��O VEGETAL O quadro meteorol�gico de 2007/2008 afectou negativamente a produ��o de batata, vinha e pomares. � expect�vel que, em 2008, a Produção Vegetal registe um acr�scimo, em valor, de 1,5%, destacando-se os acr�scimos nominais nos cereais (+16,1%) e os decréscimos, em valor, na batata ( 30,3%) e azeite (-30,4%). Em volume, a Produção Vegetal dever� decrescer 2,3%, estimando-se um aumento dos pre�os de base (+3,9%). Em 2008, os cereais caracterizaram-se por um acr�scimo de produ��o, resultante de um aumento na produtividade e áreas cultivadas. A forte subida dos pre�os em 2007 e parte de 2008 estimulou a produ��o de cereais, apesar da escalada dos pre�os nos meios de produ��o (v. consumo interm�dio). não obstante o aumento generalizado do pre�o de todos os outros cereais, ocorreu uma redu��o pronunciada (-26,4%) nos pre�os do milho, no produtor, em virtude da exist�ncia de grandes quantidades em stock nos importadores e de uma menor procura. O peso deste cereal na estrutura de produ��o de cereais (56,5% em 2007) contribui fortemente para que os pre�os, neste grupo de produtos, apresentem uma estabiliza��o face a 2007 (+0,2%). A produ��o de batata decresceu 18,2%, em volume, determinada pelas condi��es climatéricas e decréscimo da área cultivada (causado pelas dificuldades de escoamento da produ��o em 2007 e aumento dos custos de produ��o em 2008). Os tub�rculos apresentaram calibres reduzidos e problemas de conserva��o, provocando um decréscimo pronunciado nos pre�os (-14,7%). As condi��es meteorol�gicas adversas condicionaram a quantidade e qualidade de azeitona para azeite nas campanhas de 2007/2008 e 2008/2009, prevendo-se, por isso, uma redu��o no azeite laborado em 2008, em volume e pre�o (-30,1% e -0,4%, respectivamente). PRODU��O ANIMAL Estima-se que a Produção Animal registe um acr�scimo de 11,8%, em valor, destacando-se os acr�scimos nominais nos Bovinos e Leite (+14,0% e +16,6%, respectivamente). No geral, o volume da produ��o animal dever� aumentar 6,6%, enquanto que os pre�os de base dever�o crescer 4,9%. O acr�scimo estimado para o volume da produ��o de Bovinos (+20,9%) constitui uma recupera��o da produ��o, ap�s os maus resultados de 2007. O decréscimo observado nos pre�os (-5,7%) deve-se � forte diminui��o registada nos vitelos, uma vez que se deve verificar uma estabiliza��o do nível. dos pre�os nos bovinos adultos. Prev�-se que a produ��o de Su�nos apresente um aumento, em volume, de 7,0%. Os pre�os dever�o registar um acr�scimo de 5,9%, apesar da grande oferta de animais no mercado nacional. Este acr�scimo constitui uma recupera��o, em virtude da forte quebra de pre�os observada em 2007 e reflectirá Também alguma compensa��o face ao aumento dos custos de produ��o. Em 2008 dever� assistir-se a um acr�scimo, em volume (+3,4%) e pre�o (+1,5%), da produ��o de Aves de Capoeira. A actual conjuntura, mais estável ap�s o decl�nio dos pre�os dos alimentos para animais no segundo semestre de 2008 (depois da boa colheita de cereais), provocou um aumento na oferta de animais para abate. O leite dever� observar um aumento significativo de pre�os (+13,3%), gra�as a uma maior procura e aumento dos custos de produ��o. 2007 foi marcado por escassez de matéria-prima para a ind�stria de lactic�nios, provocada pela subida dos pre�os dos cereais (logo, alimenta��o animal), desligamento das ajudas � produ��o e a transfer�ncia de produtores de leite para a produ��o de bio-combust�veis. O aumento previsto para o volume de leite (+2,9%) constitui uma reac��o dos produtores � procura. CONSUMO INTERM�DIO (CI) Em 2008, o CI dever� aumentar 9,0% em valor. Este acr�scimo � determinado pelo agravamento dos pre�os (+10,6%), uma vez que � estimado um decréscimo de 1,4% em volume. A principal causa para esta evolu��o nos pre�os � o aumento generalizado dos pre�os dos meios de produ��o, com especial destaque para os acr�scimos observados nos adubos e correctivos do solo (+53,9%), produtos fitossanit�rios (+17,4%), energia e lubrificantes (+14,5%) e alimentos para animais (+13,0%). De um modo geral, o forte crescimento dos pre�os � explic�vel pelo aumento da procura a nível. mundial (aumento de consumo pelos países emergentes), bem como o acr�scimo de pre�os das matérias-primas. No caso dos adubos, o aumento dos impostos sobre a exportação em países produtores como a China refor�ou o desequil�brio entre a oferta e procura, ampliando o crescimento dos pre�os. A alimenta��o animal constitui a rubrica mais importante do CI (estima-se que represente 39% em 2008). Prev�se que esta rubrica apresente um decréscimo, em volume, de 1,2%. Esta evolu��o deve-se, em parte, ao decréscimo previsto para o consumo de alimentos compostos para animais. A descapitaliza��o da pecu�ria, muito afectada pela alta dos pre�os dos alimentos compostos, decorrente da forte subida nos pre�os das matérias primas, em 2007 e no primeiro semestre de 2008, provocou uma redu��o da procura em todos os segmentos de mercado. Apesar de significativo, o aumento de pre�os observado encontra-se j� atenuado pelo decréscimo dos pre�os dos cereais e oleaginosas no segundo semestre de 2008. subsídios Estima-se que, entre 2007 e 2008, o total de subsídios pagos aos agricultores aumente 12,8%. Em termos estruturais, em virtude do Regime de Pagamento único (RPU), mant�m-se a transi��o progressiva dos montantes registados em �subsídios aos produtos� para �Outros subsídios � produ��o�. Esta transi��o � menos evidente em 2008, por se terem verificado pagamentos referentes a anteriores Quadros comunitários de Apoio (QCA) e regularizado pagamentos referentes a campanhas anteriores. Os Outros subsídios � produ��o passaram a representar 77% do total de subsídios (76% em 2007). � expect�vel que o valor de �subsídios aos produtos� cres�a 7,6%. A maior redu��o relativa dever� ser no tomate para ind�stria, em virtude da nova Organiza��o Comum de Mercado (OCM) horto-frut�cola (em que os apoios passam a ser desligados da produ��o), existindo uma ajuda transit�ria até 2011. Em contrapartida, dever�o ocorrer acr�scimos nos Cereais, Ovinos e caprinos e Leite, provocados por aumentos das áreas/produ��o e regulariza��o de pagamentos. Relativamente aos �Outros subsídios � produ��o�, espera-se um acr�scimo de 14,5% explicado, essencialmente, pelo arranque do Plano de Desenvolvimento Rural (PDR) 2007-2013. RENDIMENTO EMPRESARIAL L�QUIDO Em rela��o �s restantes rubricas do Rendimento Agr�cola, destaca-se o ligeiro acr�scimo nas Rendas a pagar (+1,2%), associado ao aumento das áreas de algumas culturas arvenses e girassol, atenuado pelo decréscimo nas superf�cies de arroz, tabaco e batata. Os Juros a pagar dever�o observar um decréscimo de 2,3%, causado por uma ligeira diminui��o da taxa de juro, em rela��o a 2007, uma vez que os montantes de cr�dito se dever�o manter. As Remunera��es dos assalariados dever�o aumentar 2,5%, evolu��o atenuada pelo decréscimo expect�vel no VMOA. No c�mputo final, dever� verificar-se um acr�scimo nominal de 3,2% no Rendimento Empresarial L�quido (REL).
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