Incêndio de Odemira terá consumido perto de 1000 hectares em pouco mais de um dia, mas mudança das temperaturas apaziguou-o
Em menos de 24 horas, as chamas consumiram perto de mil hectares de mato, floresta e terrenos agrícolas entre os concelhos de Odemira (Alentejo) e Monchique (Algarve), segundo dados das imagens de satélite. O fogo, que teve início pelas 13h de quarta-feira, na freguesia de Saboia (Odemira), acabou empurrado por ventos de noroeste para sudeste, como é habitual na região, e entrou em Monchique poucas horas depois. “Houve momentos em que progrediu 600 metros por hora, longe dos sete quilómetros por hora que chegou a atingir o fogo que consumiu perto de sete mil hectares em Castro Marim dias antes”, conta ao Expresso fonte do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas.
À hora de almoço de quinta-feira, o incêndio de Odemira ainda não estava dado como dominado. A humidade chegada durante a noite, a acalmia do vento pela manhã e a atuação conjunta das forças e meios no terreno permitiram aparentemente delimitar o perímetro do fogo. Porém, o risco de o vento soprar mais forte durante a tarde de quinta-feira levou o comandante distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Beja, Carlos Pica, a optar pela precaução: “Não podemos baixar a guarda. Qualquer fagulha que vá parar a 500 metros da frente de incêndio pode complicar as coisas”, afirmou na conferência de imprensa, ao meio-dia de ontem.