O Programa Alimentar Mundial (PAM) anunciou hoje um apoio de 11,27 milhões de dólares (10,4 milhões de euros) dos Estados Unidos da América, que permitirá assegurar alimentação básica a 230.000 pessoas no Zimbabué até março.
Em comunicado, este organismo das Nações Unidas afirma que o financiamento da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) permitirá ao PAM complementar a programa de mitigação do défice alimentar liderado pelo Governo zimbabueano, que prevê assistência a 2,7 milhões de pessoas em todos os distritos do Zimbabué.
Segundo o PAM, fica, assim, assegurado que aproximadamente 230.000 das pessoas mais vulneráveis nos distritos de Mwenezi, Mangwe, Chivi e Buhera receberão assistência alimentar essencial durante o período de escassez de janeiro a março de 2024.
De acordo com o relatório do Comité de Avaliação da Vulnerabilidade do Zimbabué (ZimVAC), citado no comunicado, 26% da população rural não terá cereais suficientes para consumo e precisará de mais de 100.000 milhões de toneladas de milho em grão durante o período de pico de escassez.
O ZimVAC salienta que o fenómeno meteorológico El Niño previsto para a estação das chuvas de 2023/2024 indica precipitações abaixo do normal e temperaturas elevadas, o que poderá conduzir a uma baixa produção e aumentar ainda mais a insegurança alimentar.
“O nosso objetivo é garantir que todas as pessoas no país tenham acesso a alimentos nutritivos e possam consumir as quantidades recomendadas”, referiu a representante do PAM no Zimbabué.
Segundo Francesca Erdelmann, a ajuda inclui cereais, leguminosas e óleo vegetal fortificado, sendo “um contributo importante para ajudar as pessoas mais vulneráveis das zonas rurais a satisfazerem as suas necessidades nutricionais”.
“Gostaria de agradecer à USAID pela sua contribuição significativa, que sem dúvida salva-vidas”, afirmou.
Por seu turno, a diretora de missão da USAID no Zimbabué afirmou que este organismo está empenhado “em continuar a fortalecer a resiliência da comunidade e acelerar o desenvolvimento sustentável, o que capacita os zimbabuanos a lidar melhor com os fatores de stresse, como a seca causada pelo fenómeno climático El Niño”, lê-se na nota.
Na semana passada, o PAM anunciou o investimento de cerca de 36 milhões de euros na compra de alimentos de emergência para o Zimbabué, país que sofre uma seca intensa.