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– 27-10-2006 |
[ Agroportal ] [ Nacional ] |
Energia: Pre�o da matéria-prima inviabiliza centrais de biomassaCastelo Branco, 26 Out O debate sobre a viabilidade das novas centrais termoel�ctricas surgiu no encerramento da confer�ncia "Da Biomassa � Energia", que juntou, durante dois dias, naquela cidade, reputados peritos nacionais e internacionais. "A questáo � muito preocupante e pode inviabilizar as centrais" alegou, durante o debate, Jo�o Lourenão, respons�vel da Comel, empresa na área da energia e ambiente, situada nos arredores de Lisboa. Em declarações � Agência Lusa argumentou ainda que, para produ��o de energia el�ctrica, "qualquer das centrais � muito ambiciosa". "Tudo o que estamos a falar em termos de log�stica de terreno torna-se muito mais puxado quando tem de garantir um abastecimento regular" afirmou. Acrescentou que se não existir capacidade de garantir esse abastecimento, "a central não pode funcionar para o que foi desenhada e, portanto, a sua rentabilidade econ�mica vai baixar". Sustentou que a confer�ncia de Castelo Branco serviu para perceber que o programa de concurso das centrais termoel�ctricas a biomassa florestal "foi baseado em médias nacionais de áreas florestais". "não acho que seja s� especula��o [a questáo do pre�o das matérias-primas pago � porta da f�brica, que os produtores apontam para 25 euros por tonelada ]. Se empurrarmos para esses valores pode inviabilizar as centrais porque a tarifa el�ctrica � fixa", sustentou. Marco Reis, um dos produtores florestais presente na confer�ncia, garantiu, por seu turno, durante o debate, que 25 euros por tonelada de biomassa "não d� para compensar os custos de explora��o e transporte" da matéria-prima. "Com estes pre�os � invi�vel pensar em biomassa para produ��o de energia" disse o respons�vel da Associa��o de Produtores Florestais do Vale do Sado, que representa 190 associados e 250 mil hectares de floresta. Respondendo a Jo�o Lourenão, que o questionou sobre qual o valor necess�rio para viabilizar o fornecimento de matérias-primas, Marco Reis estimou-o em 37 a 40 euros por tonelada. "A esse pre�o, que os espanh�is estáo a praticar, j� se consegue fazer alguma coisa", argumentou. � Agência Lusa Jo�o Lourenão admitiu que seria um "desastre" se as centrais fossem feitas e não tivessem condi��es para funcionar. "Se estes homens [referindo-se aos produtores florestais] t�m tanta raz�o como defendem, vale a pena ter uma conversa concertada com eles", defendeu. Por seu turno Lu�s Coelho, docente e investigador da Escola Superior de Tecnologia de Set�bal, considerou um "problema concreto" a questáo da inviabilidade das centrais, devido ao pre�o pago pela matéria-prima. "Temos o pre�o garantido da tarifa el�ctrica, � partida sabemos quanto vamos ganhar. Portanto a rentabilidade depende, essencialmente, do custo da matéria-prima", frisou. Resumiu que o problema reside no facto da floresta portuguesa ser "muito diversa". "não existe um padr�o de floresta e � muito dif�cil estimar esse custo para toda a floresta no territ�rio nacional", disse. J� o respons�vel da empresa Irdaiare, Marcos Nogueira, colocou a resolu��o da questáo no aumento da efici�ncia energ�tica. "O pre�o a que a electricidade � paga �s centrais até pode estar correcto, o desperd�cio de biomassa para cumprir aquela venda ao servi�o público de electricidade � que � capaz de ser fraca como solu��o t�cnica. Ou seja, temos de melhorar a efici�ncia para poder pagar mais a montante", disse. Sublinhou que o problema não se resolve aumentando a tarifa de venda � renda el�ctrica: "resolve-se aumentando a efici�ncia energ�tica, utilizando tecnologias mais avan�adas, procurando solu��es inovadoras, optimizando, j� agora, sistemas de gestáo de abastecimento quee ajudem a organizar a recolha de biomassa", concluiu.
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