Várias albufeiras da região continuam abaixo dos 20% da capacidade.
A chuva tem aliviado a situação de seca em todo o país, mas no Alentejo o panorama ainda é complicado e cinco barragens continuam em nível crítico.
A chuva continua a cair na região alentejana, agora com mais intensidade, mas, ainda assim, está longe de ser suficiente para encher as barragens. A albufeira do Monte da Rocha continua em situação crítica, com apenas 8,5% da sua capacidade máxima.
“É uma situação muito preocupante, eu diria que é quase dramática. Os últimos dias têm sido de chuva, mas muito insuficiente para repor aquilo que temos falta. Vale a pena sublinhar que desses cerca de 9% de reserva, 5% não servem para rigorosamente nada”, revela José Brito, presidente da Câmara de Castro Daire.
A solução passará pela ligação da Albufeira do Roxo ao Monte da Rocha que foi anunciada em 2018 pela ministra da Agricultura. Em 2021, houve um segundo anúncio, mas até agora a obra continua sem avançar.
Preocupado com a situação, o executivo de Castro Verde pediu esclarecimentos ao Governo, mas a resposta não foi a esperada.
“Dadas as etapas que ainda há necessidade, nomeadamente o concurso público visto do Tribunal de Contas e a própria empreitada não é muito provável que tenhamos esta ligação entre Albufeira do Roxo e da Rocha, antes do final de 2025”, adianta o munícipe.
Na região do Alentejo, além de Monte da Rocha, as albufeiras de Divor, Campilhas, Vale do Gaio e Vigia continuam abaixo dos 20% da capacidade.
“É uma situação que nos pode criar aqui problemas muitíssimo sérios e portanto aquilo que eu penso é que temos em conjunto, o Governo, os municípios, neste caso o Ministério da Agricultura, tem que ter a capacidade, tanto quanto possível, antecipar esta ligação entre o Roxo e a Rocha”, vinca José Brito.