Valorização: os recursos florestais podiam ser mais bem aproveitados, segundo os especialistas. Os peritos lançam também críticas às políticas públicas e aos ‘mitos’ que consideram errados. O caminho pode passar por aposta na consciencialização
Chegou a hora das florestas. Haja vontade, incentivos e planeamento. Importa “acrescentar valor à floresta portuguesa”, aponta o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, o que é essencial quando “Portugal é um dos países da União Europeia mais vulneráveis às alterações climáticas”. Floresta que funciona também como um eixo de “revitalização das zonas rurais”, com a certeza que tal só acontece se “soubermos produzir gestão florestal ativa e sustentada”. Temos de “criar mais oportunidades económicas” para atrair mais jovens, e pessoas mais qualificadas, de modo a “fixar o talento”.
Declarações de intenções (e medidas) que especialistas e responsáveis querem ver acompanhadas de ações práticas que representem uma nova vitalidade para o sector perante os desafios e os ‘mitos’. “É necessário plantar mais florestas, de uma maneira inteligente e adequada aos respetivos territórios”, garante a professora do Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa, Helena Pereira. “É também necessário desde logo incluir um plano de gestão integrado e tendo presente as diferentes componentes de sustentabilidade.” A floresta é mais do que “fogo e eucaliptos”, as duas dimensões a que muitas vezes é reduzida “na comunicação social”. Há “vergonha de mostrar os bons exemplos em Portugal”, garante a coordenadora do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c, FCUL) e subdiretora do Instituto […]