O município de Vila Nova de Poiares anunciou hoje que o projeto “Condomínio de Aldeias – Programa de Apoio às Aldeias Localizadas em Território de Floresta”, está em fase de conclusão.
O projeto “Condomínio de Aldeias” consiste na “concretização de boas práticas de adaptação às alterações climáticas, através de atividades económicas que acrescentam valor na requalificação e gestão desses territórios, e, em particular, na valorização dos ecossistemas”, refere este município do distrito de Coimbra.
A iniciativa conta com o financiamento do Fundo Ambiental e com um investimento de 54 mil euros.
Está implementado nos lugares de Soutelo, freguesia de Arrifana, e Moura Morta, freguesia de Lavegadas.
O projeto visa reduzir o risco de incêndio, através da “diversificação dos espaços florestais arborizados com folhosas autóctones” e com a criação de percursos pedestres com o intuito de “promover a biodiversidade e a criação de faixas ecológicas de proteção”.
Nas aldeias de Soutelo e Moura Morta, a estratégia implementada passa pela plantação de várias “espécies autóctones”, de forma a aumentar a “resiliência aos incêndios” e fomentando a “biodiversidade”.
A plantação de “árvores de fruto” é outra estratégia que vai permitir aos proprietários ter outras rentabilidades para além das “monoculturas de eucalipto que predominam naqueles locais”, lê-se em nota.
A “recuperação e a construção de duas charcas” vão permitir o reaproveitamento das águas pluviais, tanto para áreas agrícolas, bem como uma “importante ferramenta” para a proteção civil.
A maior parte das intervenções neste projeto decorreram em propriedade privada, pelo que os proprietários tiveram um papel muito importante na medida em que “ao consentirem a realização das ações nos seus terrenos, viram-nos valorizados sob o ponto de vista patrimonial e da sustentabilidade e resiliência ambiental”, sustenta o município, em comunicado.
A Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares pretende a curto prazo alargar o projeto a outras aldeias do concelho que carecem de intervenção, permitindo proteger os cidadãos, ao mesmo tempo que valoriza e regenera a “mancha florestal envolvente”.