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– 09-10-2011 |
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Congresso Mundial do Sobreiro e da Corti�aConclus�es por painel e men��es a oradores"A rolha de corti�a não faz um vinho bom, mas certamente melhora um vinho que j� o �"Esta frase de Thierry de L’Escaille, Secret�rio-Geral da Organiza��o dos Propriet�rios de Terra Europeus, e moderador do painel " Floresta, produ��o e sustentabilidade" deu o mote para o primeiro conjunto de apresenta��es do II Congresso Mundial do Sobreiro e da Corti�a. Franz Fischler, da RISE Foundation e ex-Comissário Europeu para a Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, alertou para a tomada de consci�ncia de uma "Economia Verde", modelo que pauta as pol�ticas europeias no campo da sustentabilidade ambiental para 2020 e que apela para uma nova forma de olhar para o territ�rio, valorizando-o economicamente. Allen Hershkowitz, Membro do Conselho da NRDC – Natural Resources Defense Council e um dos principais ambientalistas dos EUA, assinalou a corti�a como um produto renov�vel e de baixo impacto ambiental, que pode e deve ter um papel muito importante no amortecimento dos impactos causados no mundo pela ‘pegada humana’. Uma rolha de corti�a "polui" menos 300% do que os alternativos, pela emissão de carbono. Gemma Boetekaes, Directora da Rede Global da Forest Stewardshio Council (FSC), apresentou uma pol�tica que assenta no equil�brio entre os interesses econ�micos, ambientais e sociais e que pode ser comunicada através do s�mbolo da FSC, garantindo credibilidade, exig�ncia de crit�rio e transpar�ncia. Jo�o Ferreira do Amaral, pela Associa��o para a Competitividade da Industria da Fileira Florestal (AIFF), defendeu a for�a da Fileira e que a estratégia pol�tica para este sector tem que se debru�ar no tri�ngulo – produ��o, transforma��o e previsão das necessidades de consumo – pois a fileira da corti�a deve ser o pilar da pol�tica florestal. Ant�nio Gon�alves Ferreira, da União da Floresta Mediterr�nica (UNAC), transmitiu que � necess�rio o compromisso de todos os agentes da corti�a pois "tudo come�a no propriet�rio, mas nada se valoriza se não for a ind�stria" O vedante de elei��oOs �xitos da investiga��o protagonizaram a tem�tica da Rolha da Corti�a, tendo sido apresentados in�meros estudos que comprovam o sucesso no investimento em I&D, contribuindo para a criação de um produto de alta qualidade que � a rolha de corti�a. O sector procurar� ainda a estratégia da diversifica��o e novas aplica��es, sendo o seu uso em bebidas alco�licas brancas o desafio. Gordon Burns, Presidente e Director T�cnico do ETS Laboratories dos Estados Unidos, apresentou dados que demonstram uma redu��o de 82% nos n�veis de TCA desde o ano de 2000 e ap�s ter analisado mais de 11 milhões de rolhas de corti�a. Outro ponto focado � que o TCA não � apenas um problema da rolha de corti�a – os vedantes sint�ticos Também o apresentam. O Professor Rainer Jung, investigador da alem� Geisenheim Research Centerg, apresentou quatro crit�rios para a selec��o de um vedante, com especial �nfase no crit�rio enol�gico. Jung assinalou alguns estudos que concluem que a rolha de corti�a apresenta dados que, comparativamente, supera ou no m�nimo equivale aos vedantes alternativos, para além de comprovarem que a corti�a possui uma imagem de elevada qualidade junto do consumidor. A verdade � que elevados par�metros de qualidade impostos pelo pr�prio sector através da certifica��o t�m veiculado � rolha de corti�a fiabilidade na categoria de vedantes. Pierre-Louis Teissedre, da Faculdade de Enologia da Universidade de Bord�us, foi perempt�rio: a rolha de corti�a � o vedante de elei��o. Na sua análise Teissedre salientou que a c�psula de rosca demonstrou ter n�veis elevados de hidrog�nio sulf�rico, enquanto o vedante sint�tico demonstrou permitir uma transfer�ncia elevada de oxig�nio – ambos indesej�veis para a obten��o de um bom vinho. Uma matéria-prima de qualidade e intemporalUm produto abrangente, a corti�a apresenta credenciais nos mais diversos sectores como no vitivin�cola, mas Também no da constru��o, arquitectura e eco-design, tem�tica dominante do terceiro painel. Jordi Bonet, o arquitecto que dirige, desde 1985, os trabalhos arquitectúnicos da Sagrada Fam�lia, em Barcelona, protagonizou um dos momentos altos da sessão referindo que tenciona utilizar corti�a nas paredes verticais de uma nova sala junto ao Templo da Sagrada Fam�lia. O respons�vel pela incorpora��o de pavimento em corti�a na manuten��o da Catedral mais visitada em todo o mundo defendeu que a corti�a melhora o espaço onde vivemos e que mais que um produto do passado, a corti�a � incrivelmente um produto do futuro. Bonet destacou ainda esta matéria como material de constru��o: as capacidades isolantes, a estática, a maleabilidade e a adaptabilidade foram as propriedades de elei��o na �ptica do arquitecto. O investigador e Professor Catedr�tico da Universidade de Coimbra, Ant�nio Tadeu, veio demonstrar cientificamente que s� mesmo no "atraso t�rmico" � que a corti�a foi ultrapassada, mas � sem d�vida o material no primeiro lugar do p�dio como "argamassa" do futuro tendo em conta a sustentabilidade. O conceito de design na corti�a foi introduzido por Rui Marcelino, da Alma Design, que evidenciou que com a corti�a, uma matéria-prima com tantos anos de hist�ria, � poss�vel aliar imagem com qualidade e apresentar um resultado actual e din�mico. J� Zem Joaquin, fundadora e CEO do Ecofabulous, compartilhou a sua experi�ncia referindo que não h� melhor exemplo do que a corti�a como material de constru��o renov�vel e, acima de tudo, "saud�vel". Tendo sempre como matriz que "não � necess�rio abdicar do nosso estilo e forma de viver em prol do eco-sustent�vel", Zem partilhou imagens da sua pr�pria casa, evidenciando espaços que ningu�m julga ser corti�a, e a sua paix�o por mobili�rio em corti�a. Brasil e China como próximos desafiosO �ltimo painel "Rolhas de Corti�a – garantir o futuro" permitiu o reconhecimento das estratégias em curso para consagrar este produto emblem�tico nos principais mercados internacionais. Nesta estratégia, foi reconhecido o olhar atento do sector para os mercados emergentes na produ��o de vinho como o Brasil e a China. Neste sentido Rob Schneider, actor norte-americano e protagonista da campanha internacional desenvolvida pela Corticeira Amorim "Save Miguel", alertou para o mercado emergente da China e para a aposta em Hollywood na promo��o da corti�a, pela capacidade de inspira��o e influ�ncia na cultura global. Numa palestra temperada pelo humor que o actor j� habituou todo o mundo, Schneider salientou a rela��o vencedora entre a corti�a e todas as suas aplica��es. Um f� incondicional de vinho, Rob Schneider s� da opini�o que "a corti�a traz romance � rela��o com o vinho", ao contrário das screwcaps. Paralelamente ao produto rolha, o painel permitiu o reconhecimento da estratégia sectorial nas novas aplica��es de corti�a que são geradas por uma procura motivada por produtos de base natural e amigos do ambiente. A lideran�a de Portugal neste sector continuar� a ser poss�vel através do esfor�o e investimento em I&D, novas aplica��es e novos produtos, refor�ada pela continuada e crescente comunica��o internacional. Ant�nio Rios de Amorim, Presidente da APCOR e chairman da Corticeira Amorim, fez ainda um outlook sob a performance e sector da corti�a, assinalando que o futuro � promissor mas não � garantido. A aposta no valor e na qualidade durante a pr�xima d�cada � absolutamente decisiva. Gala Anual da Corti�a 2011O 2� Congresso Mundial do Sobreiro e da Corti�a culminou com a realiza��o da Gala Anual da Corti�a 2011, �s 20h00, no Convento do Beato, em Lisboa, uma iniciativa da APCOR que tem como matriz a celebra��o e valoriza��o da Fileira da Corti�a, reconhecendo a excel�ncia de personalidades e/ou entidades que, de algum modo, tiveram uma rela��o com o sector da corti�a e que se destacaram nos �ltimos anos. Os premiados foram:
O J�ri encarregue da selec��o destas personalidades foi composto por Ant�nio Rios de Amorim, Presidente da direc��o da APCOR, Armando Sevinate Pinto, Assessor do Presidente da República, e a Reitora Interina da Universidade T�cnica de Lisboa, Helena Pereira.
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