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– 10-05-2004 |
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Caçadores acusam Instituto Conservação Natureza de fundamentalismo e demagogiaSantarém, 09 Mai Segundo Jacinto Amaro, que falava no encerramento do XII Encontro Nacional de Caçadores, os lugares do ICN foram sendo preenchidos por "fundamentalistas" do ambiente, colocados naquele organismo pelos diversos governos que assim os pretendiam silenciar, que "só têm prejudicado o país". Dando continuidade ao tom crítico em relação a este organismo e à Secretaria de Estado do Ordenamento do Território patente em intervenções anteriores, o presidente da Fencaça fez várias acusações aos ambientalistas e aos responsáveis do ICN, nomeadamente a de terem "gasto milhões de contos" para preservarem o lince ibérico de que "hoje não resta um único exemplar". Em contrapartida, disse, os caçadores têm contribuído para o ordenamento e o repovoamento de áreas que se encontravam desertas, inclusivamente dentro de zonas abrangidas pelos parques naturais, que aqueles que os deviam preservar "deixaram arder quase todos" nos incêndios do último Verão, acusou. Já antes, outro dirigente da Fencaça, Estevão Pato, chamara ao ICN Instituto Contra a Natureza, pelas dificuldades que levanta em áreas abrangidas pela Rede Natura 2000 e pela ausência de qualquer reconhecimento do papel que os caçadores têm desempenhado. O tema reuniu o consenso até da Confederação Nacional de Caçadores Portugueses (CNCP), até há pouco tempo em clara divergência com a Fencaça e que hoje surgiu, na voz do seu presidente, Arménio Lança, em clara consonância na confrontação às posições do ICN, ao qual pediu que pondere ver nos caçadores os seus melhores aliados e não inimigos a abater. Reivindicando a responsabilidade dos caçadores pelo ordenamento de 60 por cento do território nacional, "o que nunca tinha sido feito no país", o presidente da CNCP sugeriu que estes passem a usar na lapela o dístico "Eu Conservo". Outro alvo das críticas foi a morosidade na publicação do novo decreto regulamentador da caça, anunciado precisamente há um ano neste encontro pelo actual Director Geral dos Recursos Florestais, Sousa Macedo, que hoje deixou a promessa de que o documento será submetido ainda esta semana a conselho de secretários de Estado. Arménio Lança deixou o aviso de que se o decreto regulamentar não estiver publicado antes da época venatória, os caçadores não aceitarão que ela se inicie. O secretário de Estado anunciou que, pela primeira vez, o calendário venatório terá este ano uma abertura diferenciada para o regime ordenado e o não ordenado em relação a algumas espécies excedentárias e que o fecho da caça ao pombo será reavaliada no início de 2005, podendo prolongar-se até ao fim de Fevereiro. Por outro lado, disse que se realizará em breve uma reunião com as entidades gestoras das zonas de caça, responsáveis pelos cerca de 2.500 guardas florestais auxiliares aí existentes, para que estes se juntem aos 5.000 agentes dos mais diversos organismos na vigilância das florestas para a prevenção dos fogos no próximo Verão. O presidente da Fencaça pediu ao Governo atenção para as consequências de uma portaria que obriga, a partir de Junho, à colocação de chips identificadores nos cães de caça, o que devido à grande quantidade de cães que alguns possuem e ao preço do chip (12 euros) pode ter o efeito perverso de levar ao abandono dos animais. Jacinto Amaro pediu hoje que a aplicação desse decreto se faça de forma progressiva ao longo dos próximos anos, chamando a atenção para outra nova lei a publicar dentro de alguns meses, sobre o uso e porte de armas, a qual vai exigir, segundo disse, alguma formação. Jacinto Amaro referiu-se, mais uma vez, à questão da vacina para os coelhos bravos, que espera homologação há cinco anos, afirmando que o processo está novamente em fase de ensaios em Espanha. Num encontro que decorreu com as presenças de representantes dos grupos parlamentares do PSD, do PS e do PCP, o presidente da Fencaça apenas lamentou a ausência do ministro da Agricultura e do secretário de Estado dos Recursos Florestais, que "nem nos comícios dos seus partidos encontram uma plateia como esta" (numa referência aos perto de 1.500 caçadores presentes no grande auditório do Centro Nacional de Exposições). O homenageado deste ano no encontro foi o ex-eurodeputado social-democrata Arlindo Cunha, que os responsáveis da Fencaça gostariam de ver substituído no seu trabalho de defesa dos caçadores no Parlamento Europeu pelo socialista Capoulas Santos. Terminado o encontro, os milhares de caçadores reuniram-se num almoço de… sardinhas.
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