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– 30-11-2002 |
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Apanha da enguia : O "tr�fico de droga" do ambiente abunda no TejoLisboa, 29 Nov Numa opera��o que levou dois meses a preparar, autoridades do Ministério do Ambiente, Pol�cia Mar�tima e vigilantes da natureza retiraram do rio Tejo, junto a Alhandra, mais de 40 redes de apanha de enguia jovem, s� até � hora de almo�o. Esta actividade clandestina usa redes de malha t�o fina como um coador de leite. Todo o peixe mi�do � apanhado nestas malhas: robalos, linguados, lampreias, fanecas são impedidos de crescer e de prosseguir o seu caminho para o mar. A apanha da enguia (angula, como � conhecida) � pr�tica comum nos estu�rios portugueses, como admitiu hoje aos jornalistas o pr�prio ministro do Ambiente, Isaltino de Morais, que acompanhou parte das opera��es de resgate destas redes ilegais. Um quilo de "caviar portugu�s", como � conhecida a angula, pode render 300 euros (60 contos), uma verdadeira "mina de ouro" para os traficantes. E o crime parece compensar, j� que as coimas de contra-ordena��o não v�o muito acima dos 800 euros. Questionado pela agência Lusa, Isaltino de Morais assume que o crime compensa, por isso o governante pondera alterar a legisla��o "no sentido de aumentar as coimas e tipificar esta actividade como crime ambiental". E por ser uma actividade t�o lucrativa, � o pr�prio ministro do Ambiente a afirmar que "em termos econ�micos tem contornos que se assemelham ao tr�fico de droga". além do que rende (a angula capturada no estu�rio do Tejo rende cerca de 10 milhões de euros, dois milhões de contos, por ano), os traficantes raramente são apanhados. "Os indiv�duos que a isto se dedicam t�m meios que o pr�prio Estado não tem. Por vezes encontr�-los � dif�cil", comentou Isaltino de Morais. Coro desta afirma��o fazem Também os vigilantes da natureza, apesar de a Pol�cia Mar�tima ter autuado 20 indiv�duos entre Novembro do ano passado e Março deste ano, de acordo com informações dadas � Lusa pelo comandante Gomes Bandarra. Geralmente, os "traficantes" de angula não são pescadores, mas antes indiv�duos contratados sobretudo por espanh�is e italianos interessados em vender este "petisco". Em Espanha a enguia pequena � um petisco muito apreciado e diz quem provou que � "muito saboroso". "J� provei e � de facto muito saboroso", afirmou o ministro do Ambiente quando questionado pela agência Lusa. No entanto, o governante diz que � de ponderar Também a proibição da comercializa��o deste produto em Portugal, onde aparece geralmente sobre a forma de enlatado. Um dos principais problemas que a apanha ilegal da angula acarreta � a "eliminação de especies em grande escala". As redes de captura, geralmente com mais de 30 metros, são t�o finas que capturam todas as especies de peixe pequeno que escolhem o estu�rio como viveiro. "Estamos a falar de uma eliminação de especies em alta escala. Isto acarreta um preju�zo de custos incalcul�veis para o futuro", alertou Isaltino de Morais aos jornalistas. Para tentar travar esta situa��o, 70 homens do Instituto da Conserva��o da Natureza, da Direc��o Regional do Ambiente, do corpo de vigilantes da natureza e da Pol�cia Mar�tima lan�aram-se ao estu�rio do Tejo para retirar a maior quantidade poss�vel de redes de meix�o (como são denominadas). O arranque da opera��o foi �s 06:00 e duas horas depois j� 15 embarca��es estavam a retirar redes clandestinas da �gua. Exigindo o máximo sigilo – j� que quem se dedica a esta actividade tem uma boa rede de informadores – a "Opera��o Angula 2002", a ser preparada h� dois meses, detectou s� na semana passada 100 redes de meix�o no estu�rio do Tejo na zona de Alhandra.
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