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– 26-07-2012 |
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Algarve: Na Serra do Caldeiráo a rota da corti�a deu lugar � "rota do carv�o"
A serra do Caldeiráo está hoje transformada na "rota do carv�o", com hectares de encosta queimada, onde não se vislumbra qualquer fonte de rendimento. Em 2004, um outro inc�ndio consumiu parte da produ��o de montado de sobro e cerca de 400 colmeias da habitante da Cova da Muda, são Br�s de Alportel. A trag�dia repetiu-se h� uma semana mas, desta vez, com mais dramatismo. Foi perdido todo o trabalho de uma vida. �O que não ardeu em 2004 ardeu agora. Acresce ainda o preju�zo do investimento feito nestes oito anos. Todo o montado ficou destru�do e mais de 150 colmeias. O que a serra produziu em d�cadas, as chamas destru�ram em poucos minutos. Foi o fim�, vaticina Isabel Pires, enquanto aponta para as abelhas que sobreviveram ao �inferno� e pousam no mel que ainda escorre pelo solo seco e queimado. Indignada, a moradora acredita que a desgra�a, que consumiu 35 por cento do total do concelho de são Br�s de Alportel, podia ter sido evitada, caso as entidades respons�veis tivessem actuado no período que mediou os dois grandes inc�ndios. �Durante estes oito anos devia ter-se feito muita coisa. Esta � uma zona cr�tica, mas os nossos governantes nunca ligaram � serra nem aos seus moradores. Fizeram-se miradouros, criou-se uma rota da corti�a e agora faz-se a rota do carv�o. Depois de estar tudo queimado � que se fazem os corta fogos�, lamenta a habitante, antes de nos deixar na estrada que separa são Br�s de Alportel e Tavira. Ao longo da encosta o cen�rio � desolador. O que antes era uma paisagem verde, � agora um deserto negro sem vida e em sil�ncio. O cheiro a queimado e os focos de fumo a sair das entranhas de algumas �rvores transportam-nos para o inc�ndio que atingiu o cora��o da Serra do Caldeiráo, onde estiveram mais de mil bombeiros. Este � o Algarve profundo, bem diferente das imagens tur�sticas das praias que aparecem na televisão. Ao fim de alguns quil�metros, a �nica pessoa que avistamos foi um ciclista e algumas povoa��es �perdidas� no meio da serra. Chegados � aldeia de Cabe�a do Velho, uma das zonas mais fustigadas, está Maria Ramos, 55 anos, que reside com os pais. além do montado de sobro, o fogo consumiu tudo o que estava no interior dos nove anexos espalhados pela serra. �Cerca de 300 litros de azeite, 50 caixas de batatas e de alfarrobeiras, centenas de litros de vinho, quatro motociclos e as alfaias agr�colas. Morreram sete coelhos e dois patos. Isto � uma tristeza enorme. A serra transformou-se num deserto de cinzas. Era visitada por muitas pessoas e turistas, mas agora quem � que vem para c�?�, questiona, Maria Ramos, ao p� do que um dia foi um motociclo. Fonte: Lusa
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