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– 28-06-2005 |
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�gua: "Portugal � o país que mais recursos h�dricos desperdi�a"Lisboa, 24 Jun Especialista em questáes agr�colas e depois de dez anos de experi�ncia como deputado no Parlamento Europeu de Estrasburgo, Ant�nio Campos adverte para o agravamento de car�ncias de �gua nalgumas zonas do país, se não forem tomadas medidas. Focando o caso espec�fico do Alentejo e Algarve, o antigo eurodeputado considera "uma irresponsabilidade pol�tica o fomento dos campos de golfe " naquelas regi�es, onde a �gua vai assumir uma import�ncia decisiva. O antigo eurodeputado socialista chama a aten��o para o avanão da desertifica��o no sul do país, agravada pelos inc�ndios e pela erosão das terras arrastadas pelas chuvas. "Em Portugal, o problema da gestáo dos recursos h�dricos reveste contornos escandalosos porque os cursos de �gua não t�m nenhum tipo de manuten��o, de cuidados de defesa e de ordenamento nas suas margens e a pol�tica florestal nacional � um atentado contra a �gua", sustenta. Para além de defender legisla��o penalizadora para os grandes gastadores de �gua, Campos apela ao tratamento e reaproveitamento das �guas dos esgotos urbanos para a rega, reportando-se aos v�rios países da Europa onde se usa tal procedimento, nomeadamente nos jardins de muitas cidades, "irrigados com estas �guas que voltam a ter qualidade adequada depois de tratadas". T�cnico agr�cola de forma��o, Campos acredita que "a prazo o homem seja capaz de transformar a baixo pre�o, a �gua do mar em �gua pot�vel", devendo até l� imperar a gestáo sustentada deste recurso natural". Num outro cap�tulo dedicado ao "modelo alimentar dos países desenvolvidos", o autor destaca que nesses países as "pessoas s� consomem directamente 30 por cento dos cereais produzidos, destinando- se os restantes 70 por cento ao fabrico de ra��es para fomentar a produ��o intensiva de carne e leite. Campos insurge-se contra o modelo de agricultura vigente nos países desenvolvidos, que "s� promove a alimenta��o dos animais � base de ra��es", reportando-se ao meio rural "cada vez mais abandonado" e � "matéria verde, cada vez mais destinada a ser destru�da pelo fogo, quando podia ser usada na alimenta��o dos herb�voros, principalmente vacas, cabras e ovelhas. "Em vez disso, o modelo vigente promove que os animais sejam alimentados a ra��es", comenta, reportando-se Também � fruta e �s hort�colas que "nunca fizeram parte das preocupa��es da Pol�tica Agr�cola Comum, apesar de serem alimentos b�sicos na dieta alimentar", alimentos esses, "grandes fomentadores de emprego agr�cola, em que a União � deficit�ria". Ant�nio Campos critica Também as grandes empresas do sector agro-alimentar, que "promoveram um desenvolvimento fant�stico da cadeia alimentar e a concentra��o da comercializa��o em multinacionais poderos�ssimas", efectuando uma "integra��o vertical dos sector, principalmente nas grandes produ��es objecto do com�rcio a longa dist�ncia", designadamente cereais, carne, oleaginosas, caf�, bananas e ch�. Dessas multinacionais o autor apresenta um gr�fico das maiores dez multinacionais do ramo agro-alimentar com as vendas anuais, lideradas pela Cargill (EUA) com 55 mil milhões de euros, seguida da Nestl� (Su��a) e da Kraft (EUA), ambas com 42 mil milhões, da Unilever (Holanda/Reino Unido) com 32 mil milhões; depois, as norte- americanas Con Agra e a Pepsico, ambas com 30 mil milhões de euros de factura��o anual. Ant�nio Campos � engenheiro t�cnico agr�rio e foi membro de v�rios governos do Partido Socialista, como secret�rio de Estado do Fomento Agr�rio, secret�rio de Estado da Estrutura��o Agr�ria e secret�rio de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro. O livro, que será lan�ado teráa-feira, tem um pref�cio de M�rio Soares e a participa��o de Rui Azevedo, agr�nomo e funcion�rio da Comissão Europeia, que ao longo de v�rios cap�tulos questiona em tom de conversa Ant�nio Campos.
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