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– 13-12-2012 |
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�Grandj�: marca de vinhos da Real Companhia Velha celebra 100 anos
A marca de vinhos �Grandj�, nascida na Granja de Alij� e perten�a da Real Companhia Velha, está de parab�ns, uma vez que acaba de completar 100 anos, sendo por isso a marca de vinhos do Douro mais antiga do país. A Real Companhia Velha lanãou o desafio e o Chefe Rui Paula aceitou: criar um menu vúnico em que as duas refer�ncias da marca � �Grandj� Late Harvestá e �Grandj� Meio Doce� � v�o estar em destaque. O jantar acontece hoje, dia 20 de Dezembro, no restaurante DOP, no Porto. A escolha do Chefe Rui Paula não foi ao acaso� Surgiu porque � um homem do Douro com grande afinidade com a zona de Alij�: � natural do Porto, mas foi neste concelho duriense � nas f�rias passadas em casa da fam�lia � que desenvolveu, desde cedo, o gosto pela cozinha, influenciado pela forte liga��o � sua av� materna e �s comidas que esta preparava baseadas em receitas antigas e no uso dos produtos da terra. Embora a marca �Grandj� tenha sido registada em 1912, h� registos �não oficiais� que indicam que a sua exist�ncia � anterior a esta data. No livro �Vinifica��o Moderna� (de Pedro Bravo e Duarte Oliveira), que data de 1925, � feita refer�ncia ao �Grandj� como existente desde 1910. Nesta obra � enfatizado o facto de o aparecimento deste vinho na regi�o de Alij� ter sido uma ideia de grande m�rito, pois � uma zona onde se produzem essencialmente vinhos brancos DOC Douro e alguns generosos (Porto e Moscatel). Sendo uma regi�o não vocacionada para tintos � os mais consumidos e vendidos em todo o mundo � torna-se evidente a limita��o que esta depend�ncia tr�s � regi�o. O �Grandj�, nomeadamente o late harvest, � portanto um vinho de grande qualidade, nobreza e import�ncia para esta regi�o. Pedro Bravo e Duarte de Oliveira conclu�ram mesmo que este n�ctar se pode equiparar ao Porto Vintage das terras mais prestigiadas do Douro, o que faz do �Grandj� Late Harvestá o �Vintage das terras altas�! A Real Companhia Velha � propriet�ria de uma significativa extensão de vinhas � que atinge os 160 hectares � na regi�o de Alij�: a denominada Quinta do Casal da Granja. O nome �Grandj� surgiu por causa do nome do lugar onde são cultivadas as uvas que lhe d�o origem: Granja de Alij�. A marca �Grandj� possui, actualmente, duas refer�ncias: meio doce branco e late harvest, sendo este �ltimo o mais parecido com o vinho original. O �Grandj� Late Harvestá � feito a partir de uvas da casta Boal (sinon�mia da francesa Semillon). As uvas são colhidas no final da �poca das vindimas, normalmente a partir de meados de Outubro [este ano as vindimas estenderam-se ao m�s de Dezembro], ap�s o aparecimento das primeiras chuvas de Outono. A ocorr�ncia da precipita��o conjugada com a topografia do local � planalto de Alij�, bem acima do rio Douro � favorece o aparecimento de neblinas matinais e elevada humidade relativa do ar, facilitando o aparecimento da podrid�o nos bagos. são efectuadas várias passagens nos seis hectares de vinha existentes, colhendo-se de cada vez apenas as uvas afectadas pelo fungo Botrytis cinárea � fen�meno natural vulgarmente designado por podrid�o nobre � que apresentam bagos de reduzido tamanho, fortemente desidratados e com elevada concentra��o de a��cares. Na adega, obt�m-se um vinho doce natural, glic�rico, saboroso e longo, cuja fermenta��o não � terminada devido � riqueza de a��cares do bago. No nariz, salientam-se aromas intensos de alperce seco, passas, mel e uma nuance de madeira proveniente do estágio parcial em barricas novas durante oito meses. Na prova, o vinho enche o paladar com uma do�ura volumosa que leva os sabores correspondentes ao nariz a um final de prova persistente. Pela gra�a de uma acidez forte esta combina��o de n�ctar doce e cornuc�pia de sabores acaba por deixar o paladar refrescado e limpo. A produ��o deste g�nero de vinhos a nível. mundial � muito reduzida, destacando-se a regi�o de Sauternes, em Fran�a. Outras regi�es produtoras de vinhos efectuados com uvas botritizadas são Tokay (Hungria), Reno e Mosel (Alemanha) e pequenas regi�es da �ustria. Em Portugal, come�am agora a aparecer mais produtos desta natureza. Fonte: Joana Pratas
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