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– 13-07-2006 |
[ Agroportal ] [ Nacional ] |
Viseu: Cabras de ra�a serrana estudadas para produzir mais leite a menor custoViseu, 12 Jul No Centro Experimental de Caprinicultura, em Vale de Cavalos, vivem actualmente 70 animais (tr�s dos quais machos) – da ra�a serrana, do tipo "Jarmelista" -, que a partir de hoje t�m um novo capril onde ficar�o instalados quando não estáo a pastar. "Procuramos transmitir conhecimentos aos produtores de modo a que cada animal seja uma fabricazinha o mais eficiente poss�vel. Para isso, temos de trabalhar no melhoramente gen�tico, na ra�a e estudo da descend�ncia e na sanidade animal", explicou � agência Lusa Carlos Alarc�o, t�cnico da Direc��o Regional de Agricultura da Beira Litoral (DRABL). O centro come�ou a funcionar em 1997 no ambito de uma parceria entre os serviços agr�colas e os florestais, tinha ent�o apenas 17 animais. As f�meas t�m sido sujeitas "ao contraste leiteiro, um controlo feito para que sejam seleccionadas as filhas das melhores m�es". "Escolhemos as filhas das melhores m�es e vamos introduzindo machos melhorados para, por via da f�mea e por via do macho, termos animais cada vez mais produtivos", explicou. Segundo Carlos Alarc�o, os resultados j� são vis�veis, contando que, nesse primeiro grupo, "o leite praticamente s� chegava para o cabrito mamar até aos dois meses de idade" e a fileira que era explorada era a da carne, para confeccionar os tradicionais pratos de cabrito. "Neste momento, os cabritos continuam a mamar até aos dois meses e, depois da�, as cabras j� d�o leite para fazermos experi�ncias com queijo", acrescentou. O t�cnico da DRABL estima que a produ��o de leite tenha vindo a subir "10 a 15 por cento por ano", um crescimento que poderia ser "muito mais r�pido" se o centro conseguisse comprar um macho sem genes em comum com os ali existentes, que custa "entre 150 e 200 euros". Isto porque, por via do macho, o melhoramento "� mais r�pido", uma vez que "exerce a sua função em todas as f�meas que forem cobertas". Actualmente, as cabras do centro t�m uma produ��o de 80 litros por lacta��o, ou seja, desde o desmame do cabrito até o leite secar. "� poss�vel, daqui a dez anos, termos uma produ��o média de 150 a 180 litros por animal", estimou. Carlos Alarc�o reconheceu � Lusa haver ra�as que d�o mais leite do que as serranas, que poderiam ser importadas de outros países, de que � exemplo a alpina. "Mas esses são animais que não são r�sticos, estáo sempre confinados debaixo de telha", explicou. A grande vantagem das serranas � que, como gostam de matos, podem ser aut�nticos "bombeiros da floresta", comendo-os e reduzindo assim o risco de inc�ndio. "Os nossos colegas dos serviços florestais perceberam isso e come��mos a trabalhar em conjunto. Interessa-nos um animal que seja muito r�stico e que possa produzir tanto mais quanto melhores condi��es lhe dermos, seja de maneio, de alojamento ou de alimenta��o", frisou. O capril hoje inaugurado tem capacidade para mais de 200 animais. Trata-se de um investimento de 57 mil euros no edif�cio e equipamento de ordenha, aos quais acrescem quase dez mil euros de um gerador, porque em Vale de Cavalos não h� electricidade. A inauguração serviu para mostrar o funcionamento do centro a t�cnicos e produtores locais, a quem os seus respons�veis querem ajudar a ter uma maior produ��o ao divulgar os resultados das experi�ncias. "Podemos dizer-lhes que se levarem animais daqui ou semelhantes e fizerem um maneio deste tipo, podem chegar a esta produ��o", referiu Carlos Alarc�o, acrescentando que, numa zona de poucos recursos, "o que interessa � que o leite ou a sua transforma��o em queijo resulte em euros". Segundo o t�cnico, estudos realizados em Fran�a demonstraram que, com um efectivo de 80 a 100 animais altamente produtivos, uma fam�lia consegue, através dos subsídios que recebe e da produ��o de leite, "sobretudo quando � transformado em queijo e vendido na pr�pria quinta, criar dois filhos e p�-los a estudar na universidade". Carlos Alarc�o lembrou afirma��es do ex-presidente da c�mara de Vila Nova de Paiva, que pediu ajuda ao centro porque "o queijo da Serra e o vinho do D�o acabam � porta" do concelho e "até o granito � mau". "O que temos aqui? As trutas, a floresta e as cabras. Podemos unir as duas últimas com bons resultados", considerou.
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