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– 21-07-2006 |
[ Agroportal ] [ Nacional ] |
Vinhos: Produtores algarvios contra intenção de extinguir CVR da regi�oFaro, 20 Jul Jo�o Mendes, produtor de vinhos no Alvor, disse � agência Lusa que a eventual desloca��o para o Alentejo dos serviços actualmente prestados pela CVR algarvia "pode trazer transtornos e atrasos consider�veis". "A reuni�o de uma comissão que teria a seu cargo os vinhos do Alentejo, Algarve e Set�bal para certificar um vinho algarvio ou aprovar um simples r�tulo poderia levar meses, o que dificultaria muito a nossa vida", exemplificou o empres�rio. Ter�a-feira, em Bruxelas, o ministro da Agricultura, Jaime Silva, anunciou uma reforma da administração pública para o sector do vinho que contempla a redu��o, para metade, das entidades certificadoras e a "sa�da" do Estado das comissões vitivin�colas. O ministro indicou que vai publicar ainda este m�s o caderno de encargos para o concurso e sustentou que "� desej�vel" que apenas as actuais 16 comissões vitivin�colas se candidatem, convidando desde j� "algumas das actuais CVR a concorrerem juntamente". Acrescentou que o ministério "gostaria, por exemplo, que a Sul do Tejo houvesse uma �nica entidade certificadora que englobasse os vinhos do Alentejo e do Algarve". Censurando aquela fusão, Jo�o Mendes observou que a liberdade concedida aos agricultores para que se organizem esbarra na obrigatoriedade de cumprir um caderno de encargos que considera demasiado exigente. Aquele caderno, a publicar ainda em Julho, irá exigir que cada CVR tenha uma grande c�mara de provadores, sofisticados laboratérios e outros requisitos, entre os quais um m�nimo de 30 mil hectares de vinha na área a cobrir. Os vinhos do Algarve contam com duas adegas cooperativas – Lagoa e Lagos – e cerca de uma dezena de produtores de quinta, que produzem um total de 2,5 milhões de litros de vinho, 800 mil dos quais certificados, dos quais comercializam 500 mil. "Dizem-nos que nos d�o toda a liberdade de organiza��o, mas imp�em-nos condi��es imposs�veis de satisfazer", lamentou, questionando "porque não ter apenas uma comissão a nível. nacional, com delega��es em todo o Pa�s?". Para Jo�o Mendes, que faz parte da actual CVR algarvia num lugar não remunerado, a alternativa poderia passar pela jun��o de todos os vinhos a sul do Tejo – Alentejo, Algarve e Set�bal – numa �nica comissão, com pequenas delega��es nas capitais de distrito, "de forma a evitar burocracias". Contudo, admitiu que "dificilmente os produtores do Alentejo concordar�o com uma situa��o dessas". Por seu turno, o presidente da CVR do Algarve, Ant�nio Lacerda, disse � Lusa que a eventual extin��o da comissão "p�e em causa todo o trabalho desenvolvido na última d�cada", que consistiu no alargamento da área do vinho algarvio e no apuramento das castas. Contudo, admitiu que a extin��o será "incontornível.", devido � falta de dimensão da produ��o algarvia para cumprir o caderno de encargos a criar. Observou que, tradicionalmente, a CVR algarvia sempre deu preju�zo, e que nos �ltimos anos s� restabeleceu o equil�brio financeiro devido �s receitas da reconversão da vinha. "não vejo outra solu��o senão esta, mas quero admitir que h� outra, a presta��o de apoios financeiros através de protocolos com a Universidade do Algarve e as autarquias", apontou. Por seu turno Rui Virg�nia, produtor de vinhos no Algoz, concelho de Silves, criticou a intenção do ministro e recordou que h� alguns anos atr�s os produtores se uniram contra esse projecto, do ent�o ministro Sevinate Pinto. "� uma intenção que j� se arrasta h� muito tempo, e que na altura mereceu a cr�tica generalizada dos agricultores, com um abaixo-assinado subscrito por quase todos eles", disse.
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