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– 23-05-2003 |
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Vinho : Relatério de Michael Porter garante que sector pode valer mil M� em 2010Porto, 22 Mai Actualmente, as receitas do sector são de 757 milhões de euros, e o peso dos vinhos de qualidade � de 17 por cento. Iniciado h� seis meses, a pedido da ViniPortugal, entidade encarregue da promo��o dos vinhos portugueses, o estudo foi elaborado pela empresa de consultoria estratégica Monitor Group, fundada por Michael Porter, e implicou um investimento de 500 mil d�lares (cerca de 450 mil euros). A apresentar quinta-feira em Lisboa, o trabalho aponta, segundo adiantou hoje � agência Lusa o gestor do projecto em Portugal, sete objectivos estratégicos para os próximos dez anos. A meta � criar um +cluster" do vinho em Portugal, capaz de enfrentar a concorr�ncia acrescida da Fran�a, It�lia, Espanha, Chile, Austr�lia, �frica do Sul, Calif�rnia e Argentina. Em entrevista � Lusa, Chris Malone sustentou que se forem cumpridos esses sete objectivos será poss�vel aumentar o volume de neg�cios do sector dos actuais 757 milhões de euros para cerca de 1.147 milhões. Para tal contribuirá o refor�o do peso dos vinhos de qualidade (DOC – denomina��es de origem controlada e vinhos regionais). Algo que, frisou, s� será poss�vel se forem eliminados tr�s grandes constrangimentos detectados no sector: a reduzida qualidade das uvas, a excessiva fragmenta��o da estrutura empresarial e a falta de estratégia. Constrangimentos que, frisou, se traduzem num manifesto d�fice de "massa cr�tica" dos vinhos portugueses nos mercados externos. A "receita" apontada pela equipa de Porter passa por isso, antes de mais, pela defini��o de uma estratégia de abordagem aos mercados externos, com base na qual será elaborado o or�amento da ViniPortugal e do ICEP para o sector. Nesta estratégia, o Monitor Group elege como priorit�rios os mercados dos EUA e do Reino Unido, onde se deve centrar a até agora dispersa aten��o dos produtores portugueses. Defende ainda a aposta nos vinhos com pre�os entre os sete e os 12 euros por garrafa, de segmento mais elevado e que geram, por isso, maior valor acrescentado. � que, frisou Chris Malone, espera-se que os mercados de importa��o americano e britúnico cres�am cinco vezes mais nos próximos cinco anos do que, por exemplo, o brasileiro, além de apresentarem um maior potencial de consumo de vinhos de qualidade superior. Igual crescimento � antecipado na Alemanha, mas neste caso a menor abertura da popula��o a novos produtos aconselha a que a aposta neste mercado seja adiada por algum tempo. O segundo objectivo estratégico passa pelo aumento do investimento no "cluster" do vinho, cujas empresas "precisam de mais m�sculo", devendo o investimento ser maioritariamente privado, mas Também de iniciativa pública através de sociedades de capital de risco. A terceira aposta �, segundo Malone, a eleva��o dos "standards" de qualidade na viticultura. Neste ambito, a Monitor Group defende a reforma do sistema de viticultura portugu�s, nomeadamente a completa liberaliza��o da transfer�ncia de direitos de plantação, o que possibilita que qualquer agricultor venda o seu direito a um terceiro de outras regi�es. "Actualmente o sistema portugu�s � demasiado proteccionista", sustenta Chris Malone. A promo��o da Inovação, e particularmente da colabora��o entre universidades e empresas, � outra das prioridades apontadas, propondo a Monitor a criação de uma "pequena ag�ncia, com duas ou tr�s pessoas" que assegure esta articula��o e elimine o actual "caos", em que "todo o valor se perde". Proteger a tradi��o e a Inovação através da regula��o � o 5� vector definido, sendo que aqui o objectivo � "afrouxar" as medidas regulatérias para permitir a criação de novas variedades de vinhos, � medida do gosto dos consumidores e de qualidade superior, embora sem preju�zo das tradicionais DOC. Neste ambito, a equipa de Porter prop�e a criação de um "quadro de provadores", com elementos dos EUA, Reino Unido e Portugal, que através de provas cegas acreditar�o os melhores vinhos. As duas últimas apostas definidas pelo trabalho são o j� referido desenvolvimento de "produtos superiores" e a promo��o de uma "cultura de qualidade", de forma a impedir que a exportação de vinhos fracos acabe por comprometer a imagem de todo o "cluster" portugu�s. "Portugal tem uma �ptima hist�ria de destruir os seus pr�prios mercados, numa estratégia que � um aut�ntico desastre e da qual s� � poss�vel sair desenvolvendo um sentido de responsabilidade colectiva, quer dos reguladores, quer dos pr�prios produtores", sustentou Malone. Consciente de que as medidas propostas iráo implicar a redu��o quer do n�mero de empresas, quer, sobretudo, de viticultores, o respons�vel alerta que "ou se adaptam, ou fecham" e aponta como solu��o de compromisso a recomendada consolida��o. Paralelamente, aconselha a que se subsidie a sa�da de produ��o dos propriet�rios de menor relev�ncia e qualidade, agregando os respectivos direitos de plantação em produtores com dimensão cr�tica. "Vai levar algum tempo para inverter o ciclo negativo de mudan�a, mas com paci�ncia e determina��o não h� d�vidas de que Portugal tem potencial e pessoas para ser bem sucedido", conclui Malone.
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