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– 03-03-2005 |
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Vila Real : Agricultores transmontanos reclamam estado de calamidadeVila Real, 02 Mar O dirigente da Fragrorural, Armando Carvalho, disse hoje, em confer�ncia de imprensa, que a prolongada aus�ncia de chuva e a intensa forma��o de geadas, acompanhadas de ventos g�lidos e de baixas temperaturas, t�m vindo a provocar no sector agro-pecu�rio transmontano uma "crise de que não h� mem�ria". são milhares os agricultores de Tr�s-os-Montes e Alto Douro que se queixam dos pastos de montanha e baldios secos, e da necessidade de alimentar os bovinos, caprinos e ovinos com fenos e palhas adquiridas em Espanha a pre�os "exorbitantes". Um produtor da Lixa do Alv�o, Vila Pouca de Aguiar, referiu que, para alimentar a sua manada de cerca de 100 vacas maronesas, teve de comprar 29 toneladas de palha que lhe custaram cerca de 4.500 euros. "O feno e a palha que t�nhamos armazenados estáo praticamente esgotados e não h� forma de repormos esses produtos para o próximo ano, porque as produ��es cereal�feras de Outono e Inverno estáo j� irremediavelmente perdidos", frisou. Armando Carvalho salientou ainda que as produ��es hort�colas ao ar livre e em estufas "estáo Também a ficar queimadas pelas baixas temperaturas". Manuel Coelho, produtor de hort�colas em Sabrosa, afirmou que nesta semana perdeu 30 mil quilos de alface e alho franc�s, num preju�zo de 20 mil euros, tendo as temperaturas nas estufas atingido uma "temperatura de menos nove graus". O dirigente da Fagrorural, associa��o filiada da Confedera��o Nacional de Agricultura, referiu ainda que as culturas de Primavera e Ver�o, como a batata, o milho e feij�o, estáo "seriamente comprometidas pelo estado de secura dos terrenos". Também na Regi�o Demarcada do Douro as videiras come�am a apresentar os primeiros sintomas de falta de �gua, o que poder� pôr em causa o seu desenvolvimento. Porque a situa��o se vai agravando dia ap�s dia na regi�o transmontana, a Fagrorural reclama o estado de calamidade agr�cola, para que o Estado accione os mecanismos de compensa��o financeira necess�rios, para "minorar os cada vez maiores encargos que os agricultores estáo a suportar". Os agricultores exigem ainda o alargamento a todos os produtores pecu�rios da regi�o de Tr�s-os-Montes das medidas j� decididas pelo despacho normativo n� 10/2005 para o sul do país. Armando Carvalho defendeu ainda a isen��o tempor�ria de contribui��o para a segurança social de todos os pequenos agricultores, sem perda de direitos, e a criação de um seguro pecu�rio adequado � especificidade e ao modelo de agricultura familiar. Segundo o dirigente, o Estado portugu�s deveria propor a Bruxelas a atribui��o de uma linha de apoio financeiro extraordin�rio, para acudir a esta calamidade, bem como a revisão da legisla��o comunitária, de forma a aumentar o subs�dio de 3.000 euros (a atribuir em tr�s anos) para ajudar os agricultores. Referiu ainda que o Governo deveria pedir � União Europeia autoriza��o para o pagamento final das ajudas da campanha 2004/2005 e a antecipa��o dos pagamentos das ajudas da presente campanha. As várias associa��es filiadas da CNA re�nem-se na quinta-feira com o Presidente da República, a quem pretendem alertar para as dificuldades vividas na agricultura portuguesa.
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