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– 26-03-2006 |
[ Agroportal ] [ Nacional ] |
Turismo da Natureza: Mais de mil casas de guarda florestal esperam recupera��oTorres Vedras, 26 Mar A maior parte das casas de guardas florestais encontra-se em ru�nas apesar deste patrim�nio do Estado ter sido convertido, através de legisla��o em 1999, em casas- abrigo, destinadas a alojar turistas e a promover actividades de contacto com a natureza. "No geral, estáo em mau estado de conserva��o", afirmou � agência Lusa o director-geral do Patrim�nio, Francisco Maria Ramalho. "A grande maioria destes im�veis encontra-se devolutos ou ocupados por antigos guardas florestais hoje na reforma", disse. Segundo informou a Direc��o-Geral dos Recursos Florestais, que tutela a vigil�ncia das florestas, "98 casas encontram-se ocupadas com guardas, quer a t�tulo de primeira ou segunda habita��o, com ou sem pagamento de renda, contribuindo para a vigil�ncia das áreas florestais". O mau estado de conserva��o � justificado pelo facto de a grande maioria dos im�veis ter deixado de desempenhar as funções para as quais foram concebidos nos anos 1950 – habita��o de guardas florestais. Os guardas florestais continuam a desempenhar funções de vigil�ncia, investiga��o das causas de fogos e levantamento de áreas ardidas mas deixaram de residir nestas habita��es ao lhes terem sido atribu�das viaturas e comunica��es. "Dado o total de im�veis existentes, o n�mero destinado a fins tur�sticos � manifestamente marginal", constatou Francisco Maria Ramalho. "Os bons exemplos são a Serra de Montejunto, Parque Natural das Serras D’Aire e Candeeiros, Parque Natural de Montesinho, Parque Natural da Peneda-Ger�s onde h� casas abrigo que foram recuperadas e funcionam", enumerou, por seu lado, Ricardo Gonz�lez, um defensor do turismo da natureza. "O turismo da natureza deveria ser encarado como um produto alternativo", defendeu Ricardo Gonz�lez, que Também � gestor de uma empresa que aluga casas de guarda-florestal na Serra de Montejunto e casas de acolhimento noutras zonas do país. "H� países, como a Dinamarca, onde muitas pessoas preferem ficar em casas da natureza, devidamente equipadas, aos hot�is nos centros das cidades", disse. "Por c�, e junto � área Metropolitana de Lisboa, temos a Serra de Sintra onde das 19 casas de guarda, oito estáo em ru�nas e quatro em mau estado – este � um exemplo de falta de aproveitamento de casas junto a uma zona metropolitana", exemplificou. Ricardo Gonz�lez assinalou ainda alguns "entraves" que dificultam a recupera��o dos im�veis. "O espôrito da lei que criou as casas-abrigo defende o contacto com a natureza, mas relativamente �s que estáo integradas em matas nacionais ainda existe legisla��o que pro�be a presença de pessoas e viaturas no seu interior, não se percebe como � que as pessoas podem l� chegar", disse. "Desloquei-me a um destes espaços para tirar fotografias e foi-me aplicada uma multa rid�cula de alguns c�ntimos � luz de uma lei dos anos 50, isto não faz sentido", desabafou. Por outro lado, acrescentou ainda, "os decretos não prev�em que sejam particulares a tomar conta de casas, j� que o levantamento das chaves tem que ser feito através dos centros de interpreta��o da natureza, o que Também não faz sentido quando h� uma entidade privada a fazer a gestáo do im�vel", assinalou. As casas encontram-se integradas ou estáo constru�das na proximidade de Matas Nacionais e de per�metros florestais concentrando-se mais, segundo os dados da DGP, em concelhos do Norte (Arcos de Valdevez e Montalegre), do Centro (Marinha Grande) e dez por cento nas regi�es aut�nomas dos A�ores e da Madeira. Apesar da ru�na, a Direc��o-Geral do Patrim�nio (DGP), assegura que "existe um programa de ac��o que está a ser desenvolvido desde 2003, dando corpo �s orienta��es de valoriza��o/racionaliza��o de uso". A prioridade para a ced�ncia a t�tulo definitivo � para entidades locais, "dando-se especial aten��o � sua utiliza��o para fins de interesse público", refere a DGP. Neste contexto, acrescenta, "o turismo da natureza � uma das alternativas poss�veis, pass�vel inclusive, de ser considerada uma utiliza��o de interesse público". "Todos ganhavam com a recupera��o das casas desde as autarquias que viam o patrim�nio preservado e inclusivamente a defesas da floresta, se as casas estiveram ocupadas por turistas passava a haver mais gente a vigiar a floresta", disse por seu lado um mestre de guarda-florestal contactado pela Lusa. A DGP acrescentou que alguns destes im�veis – dada sua localiza��o estratégica – são pretendidos para servirem de pontos de vigia e apoio aos sapadores florestais.
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