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– 04-03-2011 |
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Seguran�a alimentar preocupa l�deres mundiaisAumento da pobreza, instabilidade pol�tica e social, escassez de alimentos: as consequ�ncias da escalada de pre�os das matérias-primas preocupam o mundo e puseram o tema da segurança alimentar na ordem do dia. Em meados de Fevereiro, o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, refor�ou as preocupa��es que se arrastam h� v�rios meses, afirmando que os pre�os dos alimentos estáo a atingir um nível. de alerta e apelou aos dirigentes das vinte principais economias mundiais (G20) para darem prioridade � alimenta��o em 2011. Antes, o ministro da Agricultura franc�s, Bruno Le Maire, j� tinha avisado que os tumultos originados pelos pre�os dos alimentos seráo inevit�veis se as na��es industrializadas não encontrarem solu��es para a subida dos pre�os. Mas os apelos t�m tido poucos resultados pr�ticos, a avaliar pela declara��o final do encontro do G20, que teve lugar entre 18 e 19 de Fevereiro. Os dirigentes discutiram o impacto da subida dos pre�os, mas limitaram-se a pedir relatérios sobre as causas e desafios que esta volatilidade coloca aos consumidores e produtores e a reiterar " a necessidade de um investimento a longo prazo no sector agr�cola nos países em desenvolvimento". E os pre�os não param de subir. Em Fevereiro, pelo oitavo m�s consecutivo, os alimentos voltaram a subir de pre�o, segundo o �ndice mensal publicado pela Organiza��o das Na��es Unidas para a Alimenta��o e Agricultura (FAO). A FAO revelou, na quinta-feira, que o �ndice atingiu os 236 pontos em Fevereiro, mais 2,2 por cento do que em Janeiro, o valor mais elevado em termos reais e nominais dos �ltimos 20 anos, altura em que a esta organiza��o come�ou a monitorizar os pre�os. Os respons�veis do Programa Alimentar Mundial, a agência das Na��es Unidas que fornece alimentos a cerca de 100 milhões dos mais pobres habitantes do mundo alertaram para uma potencial "tempestade perfeita" que resulta da combina��o de custos galopantes, trag�dias clim�ticas e instabilidade pol�tica. Pa�ses fortemente dependentes de importa��es alimentares, como os Emirados �rabes Unidos, anunciaram j� a criação de uma reserva estratégica de alimentos, �gua e medicamentos para fazer face a situa��es de emerg�ncia. A Coreia do Sul, o terceiro maior importador mundial de milho, Também pretende criar uma reserva de cereais, juntando-se a outras na��es asi�ticas que estáo preocupadas com os pre�os elevados dos alimentos e a possibilidade de agita��o social. Por c�, a ideia não desperta entusiasmo, apesar do presidente da Agência para o Investimento e Com�rcio Externo de Portugal (AICEP), Bas�lio Horta, e o Bloco de Esquerda, terem lan�ado o repto ao governo. O ministro da Agricultura, Ant�nio Serrano, entende que Portugal não tem condi��es para criar uma reserva alimentar e defende que o combate ao aumento do pre�o dos alimentos passa por uma maior capacidade de produ��o dos países. além disso, para Ant�nio Serrano esta � uma questáo que deve ser coordenada a nível. internacional. "não � vi�vel que um país qualquer possa ter uma pol�tica pr�pria fechada sobre esse tema", salientou. Fonte: Lusa
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