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– 14-04-2005 |
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Seca : Rega com �guas residuais pouparia dez por cento das necessidades agr�colasLisboa, 13 Abr A versão preliminar da norma, com recomenda��es sobre o tratamento dos esgotos e o tipo de culturas mais adequadas, j� está conclu�da e aguarda agora a promulga��o por parte do Instituto Portugu�s de Qualidade (IPQ). Helena Marecos do Monte sustenta que tratar os efluentes urbanos em esta��es de Tratamento de �guas Residuais (ETAR) e despej�-los directamente nos rios ou no mar � um desperd�cio, j� que poderiam ser utilizados para regar terrenos agr�colas, jardins ou espaços desportivos, como campos de golfe. Também "� um desperd�cio usar �gua pot�vel [para rega] tratada ao nível. do consumo humano", considera. A especialista argumenta que as �guas residuais tratadas poderiam cobrir pelo menos dez por cento das necessidades da agricultura (actividade respons�vel por cerca de 70 a 80 por cento do consumo total de �gua), mesmo sem armazenamento. Para tal, seria necess�rio construir redes de distribui��o dos efluentes até aos campos agr�colas, pelo que este investimento s� seria vi�vel para terrenos próximos das ETAR. As �guas residuais poderiam Também ser armazenadas temporariamente em reservatérios junto �s esta��es de tratamento. Em regi�es como o Alentejo devia haver mesmo esta obrigatoriedade, sublinhou Helena Marecos do Monte. "No Alentejo, onde h� tanto espaço, as ETAR deviam ter todas um reservatério para armazenamento, o que seria �til não s� para a agricultura, mas Também no combate aos inc�ndios", sugeriu a especialista. A engenheira assegura que esta � uma pr�tica segura, do ponto de vista da Saúde pública e da qualidade ambiental, e nalguns casos pode até trazer vantagens. "As ETAR removem grande parte da carga poluente, mas não toda. Alguns compostos são nutrientes fertilizantes ben�ficos para a agricultura", explicou. No entanto, são necess�rias algumas precau��es, j� que não se deve fazer "uma utiliza��o indiscriminada" dos efluentes para evitar os riscos. Entre outros cuidados, � preciso que as �guas residuais correspondam a determinados par�metros f�sico-qu�micos, seleccionar as culturas e escolher os m�todos de rega mais adequados. Helena Marecos do Monte salientou que esta pr�tica j� se faz "de forma clandestina e empiricamente" por alguns agricultores "que chegam a furar as redes de esgotos", mas não se realiza de forma sistem�tica. No futuro, a reutiliza��o de �gua "vai ser cada vez mais necess�ria", salientou a especialista, lamentando que esta questáo seja tratada de forma pontual, "sempre que se fala em seca". "A directiva europeia sobre tratamento de �guas residuais j� referia num dos artigos que, sempre que fosse poss�vel, deve-se reutilizar os efluentes", lembrou.
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