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– 19-03-2005 |
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Seca : Apicultores Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina perdem mais abelhasSines, Set�bal, 18 Mar "Todos os anos, � habitual perdermos algumas abelhas. S� que, este ano, j� apontamos para perdas mais elevadas, acima de 30 ou 40 por cento do normal", adiantou hoje � agência Lusa Fernando Duarte, presidente da associa��o que re�ne aqueles apicultores. A car�ncia de chuva que, nos �ltimos meses, se tem feito sentir na regi�o, acompanhada de "dias frios e ventos secos", são as causas apontadas pela Associa��o de Apicultores do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina para o aumento da mortandade das abelhas. Segundo Fernando Duarte, estas condi��es meteorol�gicas impediram o desenvolvimento da flora silvestre, levando � falta de alimento das abelhas, que acabariam por não resistir. "A falta de chuva condicionou o desenvolvimento das plantas no campo, das quais as abelhas se alimentam. Sem flores, que lhes garantissem alimento suficiente para fazer face ao frio, as abelhas morreram em maior n�mero", frisou. Caso a precipita��o tivesse estado dentro dos par�metros normais, "o frio não teria, praticamente, tido influ�ncia nas abelhas", sublinhou, garantindo que a associa��o está ainda a proceder a um levantamento mais rigoroso para atestar o volume das perdas. Devido a esta mortandade nas col�nias e caso as condi��es meteorol�gicas se mantenham, os cerca de cem apicultores daquela regi�o, que possuem perto de dez mil colmeias, estimam Também quebras de produ��o na mesma ordem, ou seja, de 30 a 40 por cento. "Tudo está ainda em aberto. Se a Primavera trouxer tempo mais ameno, algumas destas quebras podem ainda ser recuperadas. Caso contrário, devido ao elevado n�mero de abelhas mortas, sabemos que a produ��o de mel irá decair em valores certamente elevados", afirmou. Em média, explicou Fernando Duarte, a temperatura mantida no interior de uma colmeia ronda cerca de 35 graus mas, quando as temperaturas são muito baixas, as abelhas consomem mais energia, traduzida em mel, para se manterem quentes. "Com menos flores, por causa da falta de chuva, h� logo menos mel, porque lhes falta a ‘pastagem’ de que se alimentam. não bastando, as abelhas t�m de consumir, rapidamente, o mel que produzem para aquecer a colmeia", adiantou. O mais recente Relatério Quinzenal de Acompanhamento da Seca, elaborado pelo INAG e divulgado quarta-feira, revela que cerca de 60 por cento do territ�rio de Portugal continental encontra-se em situa��o de "seca extrema". O Baixo Alentejo � uma das regi�es onde a situa��o de seca � mais grave, em mais de metade da sua área, excluindo a faixa do Litoral Alentejano, que � considerada apenas como estando em situa��o de "seca severa", tal como o Barlavento algarvio. Sem preju�zo deste cen�rio, além dos apicultores, Também os agricultores e criadores de gado do Litoral Alentejano se queixam j� de elevados preju�zos decorrentes, não s� da seca, como ainda da geada. "As culturas não conseguem crescer e produzir-se normalmente, este ano, devido � pouca precipita��o que se tem feito sentir na zona", garantiu hoje � Lusa o presidente da Associa��o de Agricultores do Litoral Alentejano, Ant�nio Assun��o. O mesmo respons�vel da associa��o, que conta com 350 associados e 600 inscritos, revelou que algumas culturas hort�colas no concelho de Odemira foram "dizimadas", enquanto que, nas culturas de trigo, aveia, feno e forragens, as produ��es Também estáo "muito aqu�m do desejado". "A alimenta��o do gado tem estado em causa, porque os prados estáo impratic�veis, e, no próximo ano, ainda vai ser pior porque, se não chover, ningu�m vai conseguir ficar com reservas de palha. Isto está a ficar dram�tico", desabafou Ant�nio Assun��o.
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