O climatologista, Carlos Câmara, adianta que as ondas de calor têm-se tornado mais frequentes e prolongadas.
O verão começou e o calor já faz sentir na maior parte do país, com temperaturas que ultrapassam os 40 graus. Portugal vai estar sob uma onda de calor e o climatologista Carlos Câmara explica os seus efeitos. As previsões indicam que as temperaturas elevadas vão persistir até mais uma semana.
Do ponto de vista técnico, uma onda de calor regista-se quando uma temperatura máxima é pelo menos cinco graus Celsius acima da média de referência num determinado local, explica o climatologista.
As ondas de calor têm-se tornado mais frequentes e prolongadas, indica Carlos Câmara. Três ondas de calor seguidas no verão é algo muito raro, mas é preciso ter em conta que Portugal encontra-se numa situação de seca, que também é um fenómeno raro.
A própria situação de seca tem-se evoluído, tendo-se tornado mais intensa, extensa e frequente.
Quando as ondas de calor se conjugam com a seca, as consequências são muito mais severas, isto porque num solo seco os impactos do calor são maiores. Aumentando, assim, o risco de incêndios, conclui o climatologista.
As noites, que são consideradas janelas de oportunidade para os bombeiros que combatem fogos no verão, serão tropicais, portanto é um cenário que não favorece o combate.
“Vamos ter que nos habituar a viver com um clima que é menos amigável”, defende Carlos Câmara.