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– 21-02-2004 |
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Olivicultura : Produção de azeite diminuiu mais de 40% desde 1999O n�mero de olivicultores diminuiu 25 por cento e a produ��o de azeite mais de 40 por cento desde 1999 em Portugal, devido � reduzida rentabilidade de um sector cuja produtividade � tr�s vezes inferior � média europeia. "H� um desinteresse generalizado na olivicultura em Portugal, quer porque o pre�o do azeite baixou bastante nos �ltimos anos, quer porque os olivais são muito pouco rent�veis", afirmou � Lusa Mariana Matos, representante da Casa do Azeite. Esta associa��o patronal de direito privado re�ne 55 empresas associadas ao azeite de marca, que no seu conjunto representam cerca de 95 por cento de todo o produto embalado em Portugal. Segundo adiantou a respons�vel, em Portugal a produtividade média dos olivais ronda os 800 quilos por hectare, quando a média europeia � de dois a tr�s mil quilos. "Aqui os custos de produ��o são muito elevados para uma muito reduzida produ��o, o que levou muita gente a abandonar o sector", explicou. De acordo com Mariana Matos, que citava dados do Gabinete de Planeamento e Pol�ticas Agro Alimentares (GPPAA), na campanha de 2001/2002 existiam em Portugal 94.674 olivicultores, contra 127.571 em 1999/2000, menos 25,79 por cento. Quanto � produ��o de azeite, caiu de 51.346 toneladas na campanha 1999/2000 para cerca de 29.900 em 2002/2003, uma quebra de 41,77 por cento. A reduzida dimensão das explora��es em Portugal, que dificulta a mecaniza��o, � um dos motivos apontados para justificar a pouca produtividade no sector. Contudo, nota a respons�vel da Casa do Azeite, Espanha sofre deste mesmo problema e o facto � que tem vindo a aumentar a produ��o, apresentando uma rentabilidade dos olivais "muito superior" � média europeia. "� Também uma questáo de mentalidade e de maneira de ser dos portugueses", lamentou. Por outro lado, referiu Mariana Matos, Também a quase aus�ncia de investiga��o no sector motivou uma degrada��o das castas, que não t�m vindo a ser melhoradas. Em Espanha, pelo contrário, sempre se encarou a olivicultura como "primordial" para o sector agr�cola do país, tendo-se investido bastante em investiga��o e, consequentemente, melhorado as variedades dispon�veis, frisou. O lan�amento, em 2000 e até 2006, do Plano para a Dinamiza��o da Fileira Ole�cola em Portugal, apoiado por fundos comunitários, não teve na sua opini�o os melhores resultados. O objectivo era reconverter e redimensionar os olivais e promover novas t�cnicas, tratamentos e pr�ticas de cultura para aumentar a produtividade e a qualidade do azeite produzido. Igualmente prevista estava a plantação de 30 mil novos hectares de olival, apontando os n�meros oficiais para a concretização, até agora, de 11 mil hectares. "Mas, apesar do que se tem investido, os resultados t�m sido poucos", lamentou Mariana Matos. � que, explicou, se � verdade que t�m surgido novos investidores no sector, fazendo um bom trabalho nas suas propriedades e vendo os seus esfor�os compensados, o facto � que uma vasta área de olival "ainda não � encarada numa perspectiva empresarial". "Tem havido esfor�os, mas não chegam para contrariar o abandono a que o olival está votado", afirmou. Como consequ�ncia, uma percentagem expressiva dos olivicultores continua a encarar a actividade como marginal, e não como fonte de rendimento, pelo que muitos abandonam o neg�cio e passam a "comprar azeite no supermercado". Em 1999, segundo dados do �ltimo Recenseamento Geral Agr�cola, existiam em Portugal cerca de 160 mil explora��es com olival, ocupando uma área total de 335 mil hectares. De acordo com o Instituto de Financiamento e Apoio ao Desenvolvimento da Agricultura e Pescas (IFADAP) e o GPPAA, na campanha de 2002/2003 foram produzidas 187.436 toneladas de azeitona, que se traduziram em 29.900 toneladas de azeite, e 4.986 toneladas de azeitona de mesa. Na campanha anterior, de 2001/2002, a produ��o de azeitona havia registado 200.337 toneladas, que originaram 30.430 toneladas de azeite, enquanto a de azeitona de mesa totalizou 6.872 toneladas.
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