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– 21-10-2004 |
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OGM : Espanha já cultivou 60 mil hectares de milho transgénico este anoBarcelona, 21 Out Além da Espanha, a Alemanha é o único país da União Europeia que já cultiva transgénicos, uma realidade que deverá mudar já no início do próximo ano devido a uma autorização da Comissão Europeia para plantação de 17 variedades de milho. Entre estes países poderá estar Portugal, caso os agricultores se mostrem interessados, já que o país adoptou as directivas e o regulamento que permitem a plantação dessas variedades transgénicas. Neste momento, as autoridades portuguesas estão a estudar as formas de definir a convivências entre as possíveis culturas transgénicas e as produções tradicionais ou as culturas biológicas. Mas também neste capítulo, os espanhóis estão avançados em relação a quase todos os países da União Europeia. A experiência da coexistência entre as várias culturas é essencial, já que é um dos requisitos para que as plantações de organismos geneticamente modificados (OGM) se possam efectuar com sucesso, tentando minimizar a contaminação de culturas não transgénicas. A problemática da contaminação das culturas tradicionais pelas transgénicas tem sido um dos argumentos usados por várias associações ambientalistas portuguesas e europeias para lutar contra a plantação de OGM. Actualmente, as autoridades espanholas estimam que 12 por cento dos produtores de milho já se dediquem a culturas geneticamente modificadas. Em muitos dos 60 mil hectares de milho transgénico, os produtores têm ensaiado formas de coexistência com as culturas normais, para encontrar formas de evitar a contaminação. Numa visita de jornalistas portugueses promovida pelo Centro de Informação de Biotecnologia português a plantações de milho transgénico e tradicional em Espanha, os produtores apresentaram algumas das propostas que acreditam que restrinja a contaminação. Uma das opções é deixar um espaço de segurança que pode ir dos 25 aos 50 metros entre um campo transgénico e um de cultura tradicional, uma distância que pode aumentar quando se trata da convivência com a agricultura biológica. Um dos problemas da coexistência é provar que os produtos não transgénicos não foram contaminados pelo pólen das plantações de OGM. Isto porque se os produtos não geneticamente manipulados tiveram mais de 0,9 por cento de contaminação necessitam de dar essa informação no rótulo dos alimentos para consumo humano. Uma das questões que tem sido levantada por especialistas e ambientalistas é a quem deve caber o encargo de provar, através de análises que podem custar mais de 250 euros, que o produto de agricultura tradicional não está contaminado pelos OGM. Na cooperativa "San Agustin", na província de Aragão, Espanha, onde coexistem plantações de milho convencional e transgénico, são os produtores da agricultura tradicional que têm de pagar as análises para provar que os seus produtos estão livres de OGM. Outra das soluções apresentadas para possibilitar a coexistência sem que haja contaminação é que os agricultores comecem a cultivar os seus produtos em alturas diferentes. Da experiência da cooperativa espanhola visitada pela Agência Lusa, os responsáveis recomendam como essencial uma "cooperação e comunicação constante" entre os produtores das explorações vizinhas. Uma outra forma de permitir uma convivência saudável experimentada em Espanha é levar os produtores de transgénicos a usar uma parte do solo com cultura tradicional que sirva de barreira em relação às plantações dos outros agricultores.
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