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– 21-10-2004 |
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OGM : Portugal pode plantar milho transgúnico j� no próximo anoPortugal pode come�ar a produzir organismos geneticamente modificados (OGM) a partir do in�cio do próximo ano, estando actualmente as autoridades a definir as regras de "conviv�ncia" entre as plantações transg�nicas e as tradicionais. Os OGM são desenvolvidos pelas ind�strias de biotecnologia para resistir a doen�as, a herbicidas e a insectos. Os alimentos transgúnicos são geralmente maiores e t�m mais probabilidade de originar uma produ��o rent�vel. O presidente do Centro de Informação de Biotecnologia (CIB), Pedro Fevereiro, afirmou hoje � Agência Lusa que a produ��o de OGM em Portugal apenas depende de os agricultores considerarem se tem ou não vantagens competitivas. Em Setembro, a Comissão Europeia aprovou pela primeira vez o registo de 17 variedades de milho transgúnico no Catélogo Europeu de Variedades – uma lista de todas as plantas agr�colas que podem ser cultivadas em solo europeu. Apesar de o comissário europeu para a protec��o dos consumidores ter chegado a admitir que qualquer estado-membro pode objectar a comercializa��o de transgúnicos, na pr�tica, Portugal j� transp�s uma directiva e adoptou um regulamento que permite a plantação de milho geneticamente modificado. Pedro Fevereiro explicou � Lusa que Portugal não pode agora travar regulamentos e leis que j� adoptou. O que pode acontecer, segundo o especialista, � existirem determinadas zonas que se definam como livres de plantação de OGM mas invocando "raz�es econ�micas consistentes". "Isto pode acontecer, por exemplo, num n�cleo muito importante em termos de agricultura biol�gica", exemplificou o presidente do CIB, organismo que tem defendido os alimentos transgúnicos. Pedro Fevereiro admitiu que a plantação de milho transgúnico em Portugal "não tem impacto significativo" do ponto de vista econ�mico, mas adiantou que, no futuro, poder� ser importante para o país adoptar a tecnologia transg�nica em produtos como o arroz. Actualmente, as autoridades portuguesas estáo a estudar uma forma de definir regras de coexist�ncia entre as culturas de OGM e as outras, j� que o problema da contamina��o de culturas � tem de ser acautelado. Este �, ali�s, um dos argumentos que os contestatérios dos transgúnicos, nomeadamente os ambientalistas, mais t�m utilizado. No entanto, os respons�veis do CIB sublinham que h� j� formas testadas para evitar que as plantações de OGM contaminem as outras culturas. Segundo Pedro Fevereiro, a média de dispersão dos gr�os de p�len numa cultura transg�nica � de 30 metros além do campo e � poss�vel criar barreiras biol�gicas para evitar a contamina��o. Em Espanha, sobretudo na Catalunha, estáo j� a ser testadas no terreno várias solu��es para evitar esta contamina��o, da� que os respons�veis do CIB tenham convidado os jornalistas para assistir a estas experi�ncias. Segundo dados hoje apresentados em Barcelona por respons�veis do IRTA – instituto de investiga��o e tecnologia alimentar – a contamina��o de campos de milho não trangúnicos s� � superior a cinco por cento quando as culturas estáo muito pr�ximas. Ao afastar dez metros duas plantações – uma de OGM e outra não – o nível. de contamina��o j� se situa abaixo de um por cento. Por isso, estes investigadores espanh�is conclu�ram que se o milho geneticamente modificado for cultivado a 25 metros de outra plantação j� não h� qualquer contamina��o. Estas solu��es de coexist�ncia entre os dois tipos de culturas são importantes porque qualquer produto que apresente 0,9 por cento de OGM tem de ser rotulados como tal. Actualmente, a Comissão Europeia imp�e que qualquer produto para alimenta��o com aquela percentagem de transgúnicos diga explicitamente no r�tulo que cont�m OGM. Ora, tanto os especialistas portugueses como os espanh�is admitem que um r�tulo com a men��o OGM pode afastar os consumidores e, logo, desinteressar os produtores. Por isso, em Espanha grande parte do milho transgúnico que � produzido destina-se a alimenta��o animal. Ali�s, de todo o milho produzido em Espanha mais de 80 por cento � usado nas ra��es animais. E apesar de a rotulagem de OGM ser obrigatéria para os produtos de consumo humano não está prevista na União Europeia a adop��o de qualquer medida que obrigue a rotular a carne de animais alimentados com transgúnicos. A �nica altera��o prevista � que as ra��es produzidas a partir de OGM passem a ser rotuladas como tal, ficando de fora desta etiquetagem os alimentos produzidos a partir de animais alimentados com ra��es geneticamente modificadas.
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