Há cerca de duas décadas, os níveis de atendimento e eficiência dos sistemas de abastecimento de água e tratamento de águas residuais em Portugal eram muito baixos. Entretanto, Portugal infraestruturou-se de forma eficaz e este processo conhecido como “O Milagre Português” contribuiu substancialmente para a melhoria das condições de saúde pública e ambientais para todo o país.
A inovação é hoje um dos desafios centrais do Quadro Estratégico de Compromisso do Grupo Águas de Portugal (AdP), e no qual se posiciona como um dos mais eficientes e sustentáveis operadores internacionais na gestão da água, focado na excelência do serviço ao cliente, na inovação, na resiliência, na neutralidade carbónica e na economia circular. Esta estratégia, reforça ainda mais a inovação, em rede, já hoje feita pelas empresas do Grupo AdP. Os grandes investimentos estão executados e as empresas focam-se agora na manutenção e gestão dos ativos, na melhoria da eficiência da operação e na inovação por forma a caminhar para novas soluções, mais inteligentes e mais “verdes”.
No entanto o setor da água é ainda frequentemente descrito como conservador, avesso ao risco e lento a mudar. A abordagem que vínhamos a ter de um mundo volátil, incerto, complexo e ambíguo está ultrapassada, como vieram comprovar os acontecimentos dos últimos meses. Estamos assim, numa nova era, que mais do que complexa tende a aproximar-se ao caos. Veja-se a atual pandemia, saúde pública, guerra, política e economia internacional, para não falar das alterações climáticas, que nos tocam mais diretamente. É este o novo mundo, é esta a “nova normalidade”.
O consumo crescente de água para diferentes finalidades, como sejam o abastecimento público, a agricultura e a indústria, entre outros, tem vindo a impor uma pressão cada vez maior sobre os recursos hídricos. Este tema da água é, sem dúvida, um dos problemas mais sérios e sensíveis que iremos defrontar nos próximos anos, e à medida que os desafios se intensificam, as abordagens convencionais sobre […]