A carência de cereais produzidos em Portugal é anterior à guerra da Ucrânia. Esta, naturalmente, só agravou a situação. Os fundamentalismos são de rejeitar. Tanto o da auto-suficiência cerealífera como o da prioridade absoluta ao mercado.
Está marcada para o próximo dia 30 a tomada de posse do novo governo. Um executivo com uma perspectiva de mais de quatro anos de funcionamento pela frente. Espera-se que termine assim o hábito nacional de navegar à vista, que foi notório no anterior governo.
Um exemplo dos perigos dessa navegação à vista é a aflitiva carência de cereais que o país hoje enfrenta. Note-se que a guerra na Ucrânia explica apenas uma parte dessa situação. Ainda antes daquela invasão, no período 2020-2021, a taxa de aprovisionamento de trigo era de apenas 6.3%, dados do INE que constam de um elucidativo artigo de Carlos Dias no “Público” da passada sexta-feira.
Ali se lê que em 2017 o […]