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– 15-09-2011 |
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Novo relatério da WWF: Pegada H�drica em Portugal evidencia forte depend�ncia de Espanha e elevado peso das importa��es de algod�o, soja e carneA WWF, organiza��o global de conserva��o de natureza, divulga hoje o seu mais recente relatério "Pegada H�drica em Portugal – Uma análise da pegada de consumo externa". Este relatério refor�a as conclus�es do primeiro relatério sobre a pegada h�drica portuguesa (ver notícia de 24/02/2010), que apontava j� para o forte peso do sector agr�cola, e para a elevada depend�ncia externa, com mais de metade da �gua virtual consumida em Portugal a ter origem noutros países. O relatério analisa em detalhe a dimensão desta depend�ncia externa, quais os principais produtos agr�colas que a justificam, quais as suas origens geogr�ficas e quais os impactos causados por esse consumo de �gua virtual. O principal destaque vai para a forte depend�ncia de Portugal da importa��o de �gua virtual de Espanha, e para o elevado peso do algod�o, dos produtos pecu�rios (carne, leite, pele) e da soja. Estes produtos são os que mais contribuem para a pegada h�drica portuguesa, quer pelo volume total de �gua importada, quer pelo forte balanão negativo que apresentam. As produ��es de uva e de azeitona (sobretudo para a sua transforma��o em vinho e azeite, respectivamente) são das poucas em que Portugal apresenta um excedente na balan�a de �gua virtual. Dos cinco casos de estudo apresentados no relatério, quatro são referentes a produtos (algod�o, pecu�ria, soja e azeitona), e o �ltimo ao principal parceiro comercial do país: a Espanha. Desta análise conclui-se que: 1) O algod�o � o produto com maior peso na pegada h�drica portuguesa, quer pela importa��o quer exportação de �gua virtual. Portugal importa quase todo o algod�o de que necessita para a sua expressiva ind�stria t�xtil. Os produtos transformados (roupas e outros tecidos) são em larga escala exportados, nomeadamente para os países da União Europeia e EUA, com um acrescido input de �gua decorrente do processo industrial. 2) Para o conjunto dos produtos resultantes da actividade pecu�ria, o com�rcio de �gua virtual de Portugal está fortemente concentrado com Espanha (61% do total de importa��es, e 56% das exporta��es). Entre os diversos sub-sectores, a produ��o bovina � claramente aquela de que Portugal mais depende, sendo igualmente a mais poluidora e que mais �gua consome: para produzir um quilo de carne de vaca são em média necess�rios 3.682 litros de �gua. 3) Portugal � um forte importador de �gua virtual contida na soja, nomeadamente a partir de alguns dos principais países produtores mundiais (Brasil, EUA, Argentina). A sua transforma��o industrial fornece gordura barata e comestável (o �leo de soja � actualmente o �leo mais consumido em todo o mundo), e alimento altamente proteico para o gado, sendo estas as duas principais utiliza��es da soja em Portugal e no mundo. 4) A produ��o de azeitona para azeite � uma das poucas cujo com�rcio externo significa um superavit de �gua virtual para Portugal. As importa��es concentram-se em Espanha, sobretudo azeitona a granel que depois � associada � produ��o nacional, transformada em azeite e exportado para países terceiros, nomeadamente o Brasil e os EUA. Tradicionalmente uma cultura de sequeiro, o olival tem vindo progressivamente a ser explorado em sistemas intensivos e mecanizados de regadio, nomeadamente em bacias com problemas de escassez como o Guadiana. 5) A depend�ncia externa h�drica de Portugal concentra-se em Espanha, seu principal parceiro comercial no mundo, o que contribui para uma depend�ncia h�drica ainda maior do que aquela ditada pela geografia. Apesar disso, Portugal apresenta um saldo positivo, exportando um volume de �gua virtual ligeiramente superior �quele que importa Os produtos pecu�rios representam para Portugal mais de metade da importa��o de �gua virtual de Espanha (nomeadamente carne de bovino e de su�no), seguidos de produtos para transforma��o em �leos vegetais (azeite e �leo de girassol), e do algod�o para a ind�stria t�xtil. A exportação de �gua virtual faz-se sobretudo por via dos produtos t�xteis (fabricados a partir do algod�o importado), do trigo e seus produtos derivados (nomeadamente ra��es) e de lactic�nios. Com base na análise efectuada, a WWF apresenta um conjunto de recomenda��es espec�ficas para decisores pol�ticos, empresas e cidad�os portugueses. A nível. pol�tico, a WWF prop�e que se assuma a pegada h�drica como medida dos impactos da actividade humana na �gua, e que esta seja integrada nos sistemas de planifica��o e gestáo; a coordena��o internacional de esfor�os de redu��o da pegada, nomeadamente nos países e bacias com maiores problemas de polui��o e/ou escassez; a promo��o de pol�ticas que garantam uma utiliza��o sustent�vel da �gua; e o condicionamento da ajuda econ�mica externa a uma avalia��o positiva do uso da �gua nos países receptores. Quanto �s empresas, a WWF prop�e que estas incorporem a análise da pegada h�drica na sua estratégia de sustentabilidade e responsabilidade social corporativa, reduzindo a sua pegada h�drica, analisando a sua cadeia de produ��o, condicionando os fornecedores a uma avalia��o positiva da pegada, e assumindo publicamente as origens da �gua necess�ria � sua actividade, no ambito duma estratégia de redu��o da pegada e dos riscos associados, por um lado, e de compensa��o dos impactos por outro. No caso das empresas agr�colas, a WWF aponta como caminho a moderniza��o dos seus sistemas de rega e a redu��o das perdas nas redes de capta��o e distribui��o. Por �ltimo, a WWF prop�e aos cidad�os que reduzam a sua pr�pria pegada h�drica através de uma utiliza��o mais racional da �gua, da reutiliza��o, e da instala��o de equipamentos mais eficientes. A redu��o do consumo de produtos com uma pegada muito elevada (como a carne) � outra das recomenda��es, adoptando-se uma dieta mais respons�vel e em geral mais saud�vel, bem como a redu��o do desperd�cio de alimentos e a reciclagem de res�duos. A WWF defende que falta uma iniciativa regional mediterr�nica que promova a produ��o sustent�vel de azeite, com base na redu��o da pegada h�drica e dos impactos ambientais dos olivais; e que Portugal e Espanha t�m condi��es privilegiadas para assumir em conjunto as suas responsabilidades internacionais de redu��o da pegada h�drica. Fonte: WWF Portugal
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