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– 15-03-2005 |
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Montalegre : C�mara promove campeonato de chegas de bois para fomentar efectivosVila Real, 14 Mar O vereador da C�mara de Montalegre, Orlando Alves, disse hoje � Agência Lusa, que a autarquia, em colabora��o com a Associa��o "O Boi do Povo", decidiu realizar pela segunda vez o campeonato de chegas de bois, 13 anos depois da primeira edição deste evento. "Ao retomarmos este evento queremos, acima de tudo, tentar fomentar o aumento do efectivo de bois barros�es que existem em todo o territ�rio", afirmou o respons�vel. Acrescentou que existem no concelho de Montalegre apenas 12 exemplares destes animais de ra�a barros� utilizados essencialmente para a reprodu��o e participa��o em chegas de bois. Segundo o respons�vel, nos �ltimos anos muitos produtores t�m optado por outras especies bovinas, de crescimento mais r�pido e nos quais � feita insemina��o artificial. "Tudo isto leva a que sejam cada vez menos as pessoas que querem criar os bois barros�es", frisou. O vereador salientou que, actualmente, são ainda muitos os turistas que v�o propositadamente � regi�o do Barroso para assistir a estas lutas que p�em em confronto os melhores bois da ra�a barros�, numa tradi��o cujas origens se perdem no tempo. "Se no mesmo dia se realizasse em Montalegre um jogo de futebol entre o Porto e o Benfica e uma chega de bois, o estádio de futebol estaria vazio e o campo da chega completamente cheio", garantiu. O campeonato come�a a 09 de Junho e termina em Agosto, quando se realizam as festas tradicionais de Montalegre. O vereador espera a participa��o dos 12 bois do Barroso, aos quais será dado um prémio de participa��o de 500 euros e um prémio final Também de 500 euros. As lutas v�o ser divididas em duas categorias, designadamente jovens e adultos. Para Orlando Alves, este evento representa "uma excelente oportunidade para unir todos os barros�es em volta de um alto valor de identidade cultural" e impedir que "uma das mais nobres tradi��es do concelho e da regi�o do Barroso morra". Os bois são alvo de um longo trabalho de "mimo" e prepara��o antes de entrarem no recinto da chega e de enfrentarem o boi opositor, que agora � feito pelos seus propriet�rios, mas que h� anos era um trabalho comunitário, que envolvia toda uma aldeia. O animal, que tinha funções essencialmente reprodutoras, era chamado o "Boi do Povo" e era partilhado e sustentado por toda a comunidade. No dia da chega, sob o olhar atento dos milhares de pessoas que assistem a cada luta, os dois bois são colocados frente a frente e incitados pela multid�o. Os dois machos iniciam ent�o uma "dan�a" que se prolonga mais ou menos no tempo, dependendo da for�a de cada animal, e durante a qual investem, enfrentam-se com viol�ncia, entrela�am os chifres, afastam-se e voltam ao confronto. A luta termina quando um dos bois foge, assumindo a derrota, ou quando � ferido pelo outro animal. Foi precisamente para homenagear o "boi do povo", her�i de muitas chegas, que nasceu a associa��o etnogr�fica que, além de promover a realiza��o destas lutas, pretende incentivar esta tradi��o entre os mais jovens. As ra�zes do "Boi do Povo" e as chegas de bois não estáo ainda perfeitamente definidas, mas h� quem as remeta para as long�nquas tradi��es celtas.
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