Dois dias depois do temporal de segunda-feira, a ministra da Agricultura visitou dois dos locais mais afetados. Em Vila Nova de Foz Côa, a chuva e o granizo afetaram dois terços dos 1500 hectares de vinha. Também em Mêda os prejuízos foram avultados.
Apesar dos apelos dos agricultores, e de constatar no terreno os danos causados pelo temporal, a governante não apresentou apoios concretos e pediu apenas confiança em futuras decisões da Comissão Europeia.
“De momentos está-se a fazer um levantamento exaustivo de todos os estragos provocados pelo mau tempo, no concelho de Foz Côa. No caso dos estragos serem superiores a 30 % por tipológica, como muros ou videiras destruídas, poderemos acionar medidas específica regulamentar para restabelecimento do potencial produtivo”, frisou a ministra, após uma visita a Freixo de Numão, a zona mais afetada pela intempérie.
Maria do Céu Antunes acrescentou que é preciso trabalhar em conjunto com a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN) e com os agricultores para encontrar medidas que ajudem na recuperação da vinha.
A ministra disse ainda que há uma estimativa de quebras na produção de vinho na zona Norte que pode variar entre os 10 e 60% da produção, o que significa “que é toda uma vindima que é perdida”.
“As perdas de produção podem durar dois anos dependendo da recuperação das videiras face aos tratamentos que estão a ser efetuados pelos produtores. Vamos esperar por uma estabilização desta situação criada pela intempérie“, vincou a ministra da Agricultura.
Maria do Céu Antunes acrescentou que foi feito um pedido à Comissão Europeia para ajudas a situação que decorrem que decorrem das alterações climáticas.
“Agora vamos aguardar uma resposta com base neste pedido será apresentada ao país uma solução para fazer face à seca e aos prejuízos causados por estas intempéries”, enfatizou.
Por seu lado, o presidente da Câmara de Vila Nova de Foz Côa, João Paulo Sousa, pediu à ministra da Agricultura “um plano rápido para minimizar os estragos da intempérie que se abateu sobre o seu concelho e que deixou um rasto de destruição”.
“Temos culturas que estão comprometidas para os próximos dois anos e são necessárias soluções para o problema, seja com plano A, ou com um plano B”, rematou o autarca.
Mais de dois terços da produção de vinha no concelho de Foz Côa ficaram afetados pelo mau tempo ocorrido ao final da tarde de segunda -feira.